A FIA abriu, no último dia 20, o processo de licitação de fornecimento de pneus para Fórmula 1, Fórmula 2 e Fórmula 3 no triênio 2025-2027. A italiana Pirelli, parceria oficial do Mundial desde 2011, já demonstrou interesse em estender o vínculo, mas ganhou uma concorrente: a Bridgestone. A informação veio da revista alemã Auto Motor und Sport.
Porém, a Pirelli, que tem contrato com F1 até 2024, possui algumas vantagens, segundo a revista alemã. Entre elas, está o bom relacionamento com a categoria – principalmente no período em que Bernie Ecclestone era o CEO -, mesmo com divergências em alguns pedidos e requisitos propostos. Além disso, a fabricante italiana já estaria pensando em pneu adaptado para o carro de 2026, quando entrará em vigor um novo regulamento específico para motores – algo que a Bridgestone ainda não tem projetado.
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Atualmente, a Pirelli é a fornecedora de pneus da Fórmula 1 e já tem trabalhado em um novo composto para 2026, quando haverá mudanças no regulamento (Foto: William West / AFP)
Os interessados têm até meados de maio para apresentar as suas candidaturas, que serão analisadas pela FIA até o fim de junho. Caso mais de uma empresa se candidate a fornecer os compostos, o órgão regulador ficará responsável por fazer uma análise técnica e estrutural para definir quem poderá participar do processo licitatório e quem cumpre todas as especificidades da F1, F2 e F3.
A partir daí, a F1 e o grupo Liberty Media entrarão em negociação com as fabricantes interessadas. A melhor proposta ganha a licitação, dá garantias de que pode fornecer os pneus e assina o contrato com categoria. A decisão da vencedora deve sair em agosto deste ano, durante as férias de equipes e pilotos.
Desde 2007, a Fórmula 1 trabalha com apenas uma fabricante de pneus. Entre 2001 e 2006, a Bridgestone dividiu o posto de fornecedora com a Michelin. A empresa francesa ficou marcada pela polêmica do GP dos Estados Unidos de 2005, quando a borracha não aguentou a pressão da curva 13 e estourou, causando dois acidentes nos treinos livres. Os carros que tinham parceria com a Michelin boicotaram o evento, o que resultou em uma corrida de apenas 6 carros de pneus Bridgestone, vencida por Michael Schumacher, da Ferrari.
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