‘Para quem gosta de corridas, as Superbike são muito melhores que a MotoGP’ – Nicolò Bulega
Desde cedo apelidado de sucessor de Valentino Rossi após a conquista do mundial Junior de Moto3, em 2015, Bulega nunca conseguiu impor-se no mundial de Moto3, conseguindo dois pódios no ano de estreia mas o desempenho ficou-se por aí. Acabaria por subir à Moto2 mas apenas seis top dez em três temporadas ditaram o fim da aventura na série MotoGP.
Em 2022 mudou-se para o mundial de Supersport (WSSP), no paddock do WSBK, e os resultados foram quase imediatos. Nove pódios ajudaram-no a acabar a temporada em quarto na tabela final do ano e o WSSP provava ter sido a escolha certa. Citado no GPOne, Bulega falou das diferenças de um paddock para o outro:
– O campeonato surpreendeu-me de forma positiva, pois para quem vem do paddock de MotoGP espera que aqui o palco seja um pouco menor. Mas em vez disso há muitas coisas interessantes, como as corridas em dose dupla ou o facto de as pessoas poderem comprar passes para o paddock. Para mim e para alguém que goste de motos e que goste de assistir às corridas, as Superbike são muito melhores que a MotoGP e não digo isto só porque agora estou aqui. Não esperava um ambiente tão familiar, mas gostei e senti-me confortável desde logo. Também me dei bem com a minha equipa. E gostei muito dos pneus, pois devido ao meu estilo de pilotagem tinha problemas com os Dunlop. Especialmente com a frente, que na Moto2 não perdoa. Quando colocava pneus novos precisava de cinco ou seis curvas para me poder inclinar, mas em vez disso, na minha primeira vez com os Pirelli em Jerez quase toquei com o cotovelo no chão na segunda curva, pois fiquei impressionado com o quanto nos podemos inclinar desde logo com pneus novos. Em termos de sensações é algo que ajuda muito.
