‘O Jorge Lorenzo não gostava de mim e eu não gostava dele’ – Dani Pedrosa
Nos dias que correm uma rivalidade como essa quase não existe. Veja-se, por exemplo, a rivalidade de Fabio Quartararo e Pecco Bagnaia, que lutaram pelo título da classe rainha nos últimos dois anos e ambos venceram…mas também foram os dois segundo classificados. A questão neste exemplo é o desportivismo sempre presente entre ambos. No início dos anos 90, por exemplo, dificilmente era possível isso acontecer, pois a ‘azia’ de quem perdia por norma levava a momentos em que certos rivais não se falassem sequer.
Este tipo de relação mais intempestiva entre rivais por norma traz consigo um interesse mediático maior e dá uma dimensão extra ao que acontece em pista. Mas relações mais conturbadas como chegou a decorrer entre Valentino Rossi e Max Biaggi ou entre Jorge Lorenzo e Dani Pedrosa são cada vez menos habituais no paddock. No programa Cuatro Tiempos, da DAZN, Jorge ‘Aspar’ Martinez discorda do ambiente saudável e lamenta que não haja mais querelas entre os pilotos fora de pista: ‘Chateia-me. O que acontece agora [em termos de desportivismo entre pilotos] é excessivo.’
‘Não entendo, o meu conceito de competição é diferente. Não dá para fingir e criar uma rivalidade do nada, tem de ser algo real. O Lorenzo não gostava de mim e eu não gostava dele’, disse Pedrosa, antes de Lorenzo comentar o tema:
– Não podemos forçar nada. Antes não existiam ‘gostos’ no Instagram, mas ao mesmo tempo esses ‘gostos’ também não vendem tanto. As pessoas gostam de rivalidades. Mesmo quem não vê sempre as corridas é atraído por certas rivalidades. Eu e o Valentino tivemos poucos duelos em pista, mas a nossa rivalidade era palpável. Era algo que eu procurava, motivava-me ter um inimigo, tornou-me mais forte.
