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Mir paga pecados com Honda e já começa a temer destino à la Lorenzo e Pol Espargaró

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É justo dizer que a estreia de Joan Mir com a Honda está sendo dolorosa. Os ex-Suzuki somou apenas cinco pontos nas primeiras corridas do ano, mas é o recordista de tombos entre os pilotos da MotoGP até aqui.

Antes de entrar propriamente em 2023, é preciso lembrar como Mir chegou até a Honda. Campeão em 2020, o #36 vinha negociando a renovação com a Suzuki, com quem pretendia permanecer por mais dois anos. Do nada, porém, a fábrica japonesa decidiu abandonar o Mundial de Motovelocidade, forçando o piloto de Palma de Maiorca a buscar um novo rumo.

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Joan Mir está sofrendo com a Honda (Foto: Repsol)

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A Honda, então, apareceu como opção. E uma boa opção, ainda que os problemas da RC213V fossem bastante conhecidos. Mir não optou por uma moto difícil, mas por uma equipe campeã, dona de um currículo invejável na classe rainha do Mundial de Motovelocidade.

Mas, como dizem por aí, quem vive de passado é museu. O momento da Honda não era nada bom. Desde antes de perder Marc Márquez por causa de uma fratura do braço direito, já tinha ficado evidente que a moto tinha sérios problemas, já que Jorge Lorenzo, também dono de um currículo invejável, inclusive com o tricampeonato da MotoGP, falhou em domar a moto.

A passagem de Lorenzo pela Honda foi tão ruim que ele optou por jogar a toalha e sair fora um ano antes do fim do contrato. Ao longo das 15 corridas que disputou em 2019, o #99 somou apenas 28 pontos, o que rendeu a ele o amargo 19º posto na classificação. Muito, muito longe da capacidade de um “grande campeão” — como ele mesmo faz questão de ser referido.

Naquele mesmo ano, todavia, Marc Márquez somou 420 tentos e assegurou o título do Mundial de Pilotos. Ele também carregou a Honda nas costas até os títulos dos Mundiais de Construtores e Equipes.

Um simples confronto direto desses resultados deixa a balança amplamente desfavorável a Lorenzo, mas a temporada seguinte veio para meter o pé na porta e mostrar que o problema não era com ele. Só Márquez conseguia fazer da RC213V uma moto melhor. Só ele conseguia vencer corridas e campeonatos. No momento em que a lesão o tirou de combate, a Honda viu desnudas as fraquezas da moto.

Álex Márquez ficou pouco tempo na equipe de fábrica, mas passou outros dois anos na satélite LCR. E sofrendo.

Na equipe apoiada pela Repsol, a solução foi Pol Espargaró. E o catalão chegou exalando confiança. Ele chegou a apontar até que tinha um estilo similar ao de Márquez. Mas passou muito longe disso. O #44 foi mais um massacrado pela moto japonesa e partiu para reencontrar a felicidade nos braços da ex: a KTM. Tecnicamente falando, a não deu muito certo até aqui graças a um forte acidente no primeiro dia da temporada, mas isso é assunto para outro dia.

O fato é que foi nesse contexto que Mir chegou a Honda. Marc segue sendo o homem forte da marca da asa dourada, mas nem ele está satisfeito com o que tem nas mãos. A RC213V segue sendo uma moto que exige do piloto o risco absoluto, já que ele precisa estar o tempo todo no limite. E isso cobra um preço.

Até agora, passadas apenas cinco corridas, Mir já acumula 11 quedas, o mesmo número da temporada passada inteira. O segundo piloto na lista de mais tombos é Álex Márquez, com nove. Marc, que perdeu três GPs, já levou cinco capotes.

Após a corrida sprint de Le Mans, onde foi o último entre os pilotos Honda, na 14ª colocação, Mir desabafou e afirmou que a equipe não entende o que ele precisa.

“No momento, a equipe não entende o que eu preciso para ser rápido, e eu não sei o que eu preciso para pilotar essa moto melhor. Tentei mudar meu estilo, mas se não sou natural, escapo sempre [da trajetória]. O fato é que eu sofro”, resumiu.

Questionado se precisava de uma moto completamente diferente, o #36 descartou, mas insistiu que a equipe precisa entender o estilo de pilotagem dele.

“Ele precisam entender o meu estilo. Posso mudar alguma coisa como piloto, mas não tudo, então é um equilíbrio”, observou. “Não conseguimos fazer a moto funcionar. Fomos para a direção errada e não posso forçar”, insistiu.

Perguntado especificamente se teme terminar como Lorenzo e Pol Espargaró, Joan afirmou: “Claro, tenho medo. Quero vencer e é difícil para um piloto como eu me ver nesta posição. A minha motivação é vencer, subir no pódio, ficar na frente. Esses resultados são o meu combustível, e faz muito tempo que não os tenho. Eu preciso disso”, frisou.

A posição da Honda tampouco é fácil. Enquanto Marc estava no estaleiro, era fácil tentar atender aos outros pilotos. Afinal, qualquer um que desse resultado já seria um lucro. Agora, contudo, Márquez segue sendo a melhor opção para a casa de Hamamatsu tirar o pé da lama. O que atrapalha na hora de focar nas necessidades de Mir.

Na volta à ativa, Joan terá de buscar um jeito não só de se acertar com a moto, mas também de convencer a Honda de que ouvi-lo pode fazer algum sentido.

A MotoGP volta às pistas no dia 11 de junho, para o GP da Itália, em Mugello. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade 2023.

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