A Mercedes iniciou a temporada 2023 da Fórmula 1 preocupada com a performance do W14, tido como desconfortável para dirigir, mas algumas atualizações apresentadas nas duas últimas etapas, na Arábia Saudita e na Austrália, melhoraram o desempenho da escuderia anglo-alemã. Embora a evolução seja evidente, o diretor-técnico da equipe, James Allison, não está satisfeito e se mostrou exigente quanto à avaliação do carro.
Em entrevista ao podcast F1 Nation, Allison, que retornou ao seu cargo nesta semana após dois anos como executivo, disse que o W14 continuará sendo visto como um “carro fraco” caso não se estabeleça como o mais rápido do grid – e para isso teria de superar a Red Bull. O engenheiro britânico comparou o atual pacote mercedista com os de anos anteriores, responsáveis estabelecer um domínio na categoria.
“É adequado para os pneus, mas não tão bom quanto alguns dos carros que fizemos no passado. Tem mais downforce do que a maioria dos carros do grid, mas não o suficiente. Suas características de direção deixam um pouco a desejar e com certeza precisa ser trabalhado. Mas nada disso é novidade. Temos falado sobre isso na maioria dos fins de semana. E é parte do que a equipe precisa abordar para ter o carro vencedor de volta em nossas mãos”, completou.
▶️ Inscreva-se nos dois canais do GRANDE PRÊMIO no YouTube: GP | GP2
▶️ Conheça o canal do GRANDE PRÊMIO na Twitch clicando aqui!
Lewis Hamilton foi o segundo no GP de Austrália e mostrou que a Mercedes tem melhorado o W14 (Foto: AFP)
O diretor-técnico não quis apontar quais circuitos favorecem o W14, porque, segundo ele, “o carro não é uma coisa fixa”, visto que são feitas atualizações contínuas na temporada. Porém, Allison acredita que a Mercedes se saiu melhor nas pistas de curvas longas e rápidas, nas quais há um maior desgaste nos pneus frontais. Além disso, a boa performance em Melbourne pode estar atrelada às atualizações, que também serão feitas no GP do Azerbaijão, no próximo fim de semana.
“O efeito das novas peças já aconteceu. Você praticamente tem um carro diferente a cada fim de semana. Às vezes são mais algumas peças, às vezes menos. Mas tivemos coisas novas para cada uma das corridas. Baku não será exceção, e espero que possamos continuar assim”, disse.
Allison ainda disse que a escuderia anglo-alemã não olha para os seus concorrentes do grid, embora tenha reconhecido o forte desempenho da Red Bull neste início de temporada. O foco do engenheiro está apenas no pacote da Mercedes, que necessita de melhorias.
James Allison voltou ao cargo de diretor-técnico da Mercedes após dois anos e tem a missão de melhorar o W14 (Foto: Mercedes)
“Estamos apenas nos concentrando nas áreas que oferecem oportunidades no carro. Com que rapidez podemos preencher essas oportunidades, com hardware ou abordagens diferentes, na expectativa de que isso melhore nossas chances? Quanto mais cedo pudermos fazer isso e na inclinação mais íngreme possível, melhores serão nossas chances em qualquer fim de semana, contra qualquer equipe e também no campeonato”, apontou.
A Mercedes ocupa a terceira colocação no Mundial de Construtores com 56 pontos – 67 de diferença para a Red Bull, a líder. A disputa da escuderia de Lewis Hamilton e George Russell, no momento, é pelo segundo lugar com Aston Martin e Ferrari.
A próxima etapa da Fórmula 1 acontece entre os dias 28 e 30 de abril, com o GP do Azerbaijão — que terá cobertura completa do GRANDE PRÊMIO.
Acesse as versões em espanhol e português-PT do GRANDE PRÊMIO, além dos parceiros Nosso Palestra e Teleguiado.
