A Mercedes promoveu uma grande mudança no departamento técnico no momento em que busca melhorar o desempenho do W14. A alteração estrutural resultou, entre outras coisas, na inversão nos papéis de James Allison e Mike Elliott.
A partir de agora, Allison retorna ao posto de diretor-técnico, enquanto Elliott assume a posição de executivo-técnico. Há pouco mais de um ano, James, de 54 anos, tinha deixado a diretoria-técnica para ocupar a então recém-criada posição de executivo-técnico com o objetivo de “enfrentar os desafios técnicos da próxima era do esporte”. Mike, por sua vez, era diretor de tecnologia, com PhD em Aerodinâmica.
James Allison reassumiu o posto de diretor-técnico da Mercedes (Foto: Mercedes)
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Diferente de Allison, que enquanto executivo-técnico trabalhava apenas três dias por semana, Elliott ocupará a posição em tempo integral. De acordo com Wolff, Mike acredita que James é muito mais adequado ao posto de diretor-técnico.
“A avaliação de Mike foi de que — e a introspecção é realmente admirável —, com James, temos um gladiador da área e as tropas atravessam o fogo por ele e com ele”, relatou Wolff. “Mike chegou à conclusão que a maneira como ele aborda as coisas, seu conjunto de habilidades, é melhor utilizado no desenvolvimento da organização: desde as capacidades técnicas até a capacidade humana e montando uma estrutura que pode ser bem sucedida por anos”, defendeu.
“É uma questão de criar uma estrutura que pode ser bem-sucedida de forma sustentável na próxima geração. Estamos vendo grandes mudanças no desenvolvimento técnico, inteligência artificial e aprendizado de máquina. E, ao mesmo tempo, olhando para a maneira como uma equipe moderna de Fórmula 1 será organizada e estruturada: que tipo de inovações podemos trazer”, considerou. “Mike se vê em sua posição ideal lá e, obviamente, é um engenheiro super capaz, muito crível e respeitado na organização. Ele será um técnico e um sparring para o pessoal mais sênior. E, na verdade, estou muito feliz por Mike ter tomado essa decisão por si mesmo de se colocar neste papel, com tanto ele e James chegando a esta conclusão, já que teremos os dois em sua genialidade”, comemorou.
“Como projetista-chefe, John Owen tinha um papel muito diferente com o teto orçamentário, pois, além da parte criativa de projetar um carro, você tem uma tonelada de trabalho extra que acompanha isso”, explicou Wolff. “O que acontecia é que o projetista-chefe se tornava um administrador de teto orçamentário, então nós dividimos essa função. John segue como projetista-chefe, mas colocamos Giacomo Tortora como diretor de engenharia. Isso significa que John pode se concentrar em pontos específicos do design do carro, e Giacomo cuida do departamento de design e do desenvolvimento organizacional”, apontou.
Por fim, Wolff explicou que o retorno de Allison à diretoria técnica significa que a Mercedes vai seguir a atual linha de desenvolvimento. O time de Lewis Hamilton e George Russell busca uma alternativa para melhorar a performance e se aproximar da Red Bull.
“Agora nós temos uma direção que acreditamos ser a certa. São só personalidades diferentes e uma estrutura de gestão diferente”, encerrou.
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