A Mercedes teve um fim de semana de muitas coisas para tirar na Austrália, sem qualquer sombra de dúvidas. O primeiro pódio e o primeiro abandono na temporada, o primeiro momento liderando corrida e superando a Aston Martin. Mesmo com os momentos de sucesso, Lewis Hamilton ainda mostrou certo desentendimento com o W14. Desta forma, a Mercedes trabalha para levar atualizações o suficiente de forma a aumentar a simbiose entre carro e pilotos.
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Após sair de Melbourne com o segundo posto e com o carro rendendo bem, Hamilton mesmo assim disse que ainda não se sentia conectado ao carro. A Mercedes entende que o rendimento está em claro processo de melhora e, então, o que falta agora é fazer evoluir a dirigibilidade para ficar mais à mão da dupla de pilotos, de acordo com o executivo-técnico James Allison.
“Estamos trabalhando tão duro quanto podemos na parte de projetos para converter coisas que o túnel de vento concluiu há algumas semanas em desempenho do carro na pista. O trabalho também está sendo feito para trazer atualizações de partes mecânicas para o carro, com diferentes componentes de suspensão que acreditamos que irão ajudar o equilíbrio do carro e a torná-lo mais fácil de guiar. Desta forma, vai dar aos pilotos mais confiança para nos levar até o limite”, disse à revista inglesa Autosport.
Além disso, o diretor também falou sobre a necessidade de fazer trabalho redondo nos simuladores durante a preparação para o GP do Azerbaijão, uma vez que o fim de semana vai contar, muito provavelmente, com apenas um treino livre.
“As corridas sprint só valem, no fim das contas, para as equipes que conseguirem chegar nelas com um setup inicial cravado e pronto para a classificação, porque o tempo de pista é muito pequeno. Essas coisas nas quais estamos trabalhando vão, assim esperamos, funcionar bem o bastante e nos deixar fortes para uma boa apresentação em Baku”, seguiu.
No que diz respeito ao que passou do campeonato, Allison confirmou a alegria com o segundo lugar e a melhor de performance, mas tudo foi atrapalhado pelo abandono de George Russell.
O que ainda não tem certeza é se a melhora vista na Austrália será traduzida para o Azerbaijão, por conta das diferentes exigências das pistas.
“É muito difícil responder, porque são pistas bastante diferentes. Melbourne tem limitações na dianteira do carro, põe muita pressão no eixo frontal, provavelmente Baku é uma pista mais voltada à traseira do carro. São circunstâncias bem diferentes. Temos motivos para pensar que, enquanto seguimos trabalhando com nosso carro, vamos conseguir passar de Melbourne para um desafio tão diferente e quanto Baku e ainda mostrarmos bom resultado, mas vamos saber somente quando colocarmos o carro na pista”, finalizou o executivo da Mercedes.
A Fórmula 1 faz um recesso forçado de quatro semanas, por conta do cancelamento do GP da China, e retoma a temporada 2023 entre os dias 28 e 30 de abril, com o GP do Azerbaijão, nas ruas de Baku.
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