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Hyundai Santa Cruz

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Já dirigimos Hyundai Santa Cruz: pronta para a aventura diária

Longe de ser uma picape tradicional, mas o suficiente para quem procura algo urbano e versátil

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Quando fala sobre a Hyundai Santa Cruz, a montadora é bem cuidadosa para não a chamar de picape, preferindo o termo “Sport Activity Vehicle” em seu lugar. Isso pois a Hyundai prefere a comparar com SUVs como o Subaru Forester do que com picapes, como a Nissan Frontier, com a dirigibilidade e eficiência energética do SUV com uma pequena caçamba e um estilo moderno. 

A Santa Cruz marca também o retorno de uma picape realmente compacta ao mercado norte-americano. Baseada em uma versão reforçada da plataforma do Hyundai Tucson, a Santa Cruz mede 4,97 m de comprimento, ou cerca de 38 cm menos que a Nissan Frontier vendida por lá e cerca de 10 cm menor que a Ford Maverick. 

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É também relativamente eficiente, registrando cerca de 9,8 km/litro pelo EPA no ciclo combinado – um número que, nas picapes tradicionais, precisa sacrificar a tração nas 4 rodas ou se render a motores diesel, apesar da Maverick chegar em breve com mais de 17 km/litro. E quando isso acontecer, os 8,1 km/l na cidade e 11,5 km/l da Hyundai terão um competidor competente. 

Apesar de relativamente econômica, a Hyundai afirma que a Santa Cruz pode realmente rebocar e levar peso. A companhia diz que é capaz de puxar um trailer compacto com 2.200 kg de capacidade de reboque e caçamba com capacidade para 300 kg é suficiente para 30 sacos de adubo, parâmetros que estão dentro do uso deste tipo de cliente de picapes. Para descobrir de a Hyundai Santa Criz é realmente interessante como parece no papel, fomos até a cidade com o mesmo nome na Califórnia para este primeiro contato. 

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Passageiro amigável

Infelizmente não tivemos a chance de colocar a prova estes números de reboque e carga da Santa Cruz, já que passamos boa parte do dia ao volante como boa parte de seus compradores farão, dirigindo com a caçamba vazia pelas ruas da cidade e nas rodovias. Para isso, a picape-que-não-quer-ser-chamada-de-picape é muito boa. Nosso carro, versão Limited HTRAC, veio com tração integral e o motor 2.5 turbo, com saudáveis 285 cv e 45,8 kgfm de torque enviados pelo câmbio automatizado de dupla embreagem de 8 marchas. Parece ser uma boa receita para sensações como o assobio do turbo e usar a tração nas estradas de terra. 

Porém a Santa Cruz oferece apenas uma performance acima da média. O platô de torque entre 1.700 e 4.000 rpm é bastante para o uso no trânsito ou rodar pelas rodovias. Apesar de uma arrancada que envergonha até mesmo o esportivo Veloster N, a picape nunca parece muito frenética, mandando força em doses fáceis de serem digeridas. O mesmo serve para a transmissão, que faz as trocas bem, mas sem muita emoção. O desempenho é apropriado para a missão da Santa Cruz como uma picape, mas os números nos deixaram esperando um pouco mais de animação (e esperando uma versão N ou N-Line). 

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Ainda assim, apreciamos o excelente comportamento da picape na estrada, mesmo em pavimentos menos cuidados. A Santa Cruz não é um hot hatch, mas é melhor de dirigir em estradas com ventos que qualquer outro veículo com caçamba do mercado local. Imperfeições perturbam pouco a suspensão e a plataforma, que parecem rígidos para as capacidades informadas acima. Um rodar quieto e suave é uma das qualidades da plataforma robusta, assim como a suspensão provém conforto sem sacrificar o controle da carroceria ou dirigibilidade. 

As boas proporções foi outra vantagem durante nossa viagem. Exceto pela necessidade de um pouco mais de espaço na hora de procurar uma vaga, a Santa Cruz é bastante similar ao Tucson – um de nossos SUVs favoritos no mercado norte-americano – com bom ângulo de esterço e direção precisa e ágil até então ausente em qualquer outra picape. 

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Dividindo componentes

O interior é onde a Hyundai Santa Cruz mais divide com o Tucson, inclusive o centro em preto brilhante. O design do painel é comum entre eles, com o sistema multimídia com tela de 8″ de série e 10,3″ opcional e o também opcional painel de instrumentos em tela de 10,3″ e os comandos do ar-condicionado e som capacitivos. A picape se diferencia pelo seletor do câmbio, tradicional, no lugar do botão do SUV. 

Com isso, são os mesmos pontos positivos e negativos do interior do Tucson. Na parte positiva, o sistema multimídia é simples de usar, com menus intuitivos e fáceis de serem aprendidos. As informações no painel digital também são fáceis de interpretar também. Infelizmente, o sistema de espelhamento sem fio para Apple CarPlay e Android Auto são de série apenas na tela de 8″, mas inexplicavelmente não na tela maior, que ainda requer os cabos. E os botões sensitivos de volume e controle da climatização são impossíveis de usar sem muita atenção. No geral, a Santa Cruz é fácil de ser usada. 

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Para melhorar ainda mais as coisas, a parte da frente da cabine é espaçosa e confortável. O assento dos bancos é um pouco fino no suporte (e vimos isso inclusive no Tucson), mas por outro lado, os bancos da Santa Cruz Limited tem uma variedade de regulagens em 8 formas e elétricas, além do ajuste lombar. De série, ventilação e aquecimento são interessantes particularmente para quem usar em diversas atividades em climas extremos. 

Infelizmente, os passageiros do banco traseiro não recebem tanta atenção. Enquanto o Tucson oferece uma boa área para as pernas, a Santa Cruz não é nem um pouco espaçosa ali atrás. Para o crédito da Hyundai, ao menos o ângulo do encosto é mais confortável que qualquer picape maior, mas não há tanto espaço para este que escreve e seus 1,82 m sentar com o banco dianteiro regulado para si. Quatro adultos ocupantes terão certo conforto se os ocupantes dos bancos da frente ajudarem, mas caso contrário, o pessoal de trás ficarão com os joalhos nos encostos dianteiros. 

Exagerado ou elegante?

A Hyundai Santa Cruz claramente se inspira no design do Tucson, mas eles compartilham poucas peças visíveis. Os faróis escondidos em LEDs da picape são similares, mas tem um capô mais alto e apliques que dão um estilo mais robusto. A área dos faróis e a entrada de ar inferior são mais quadrados na Santa Cruz, e os apliques dos para-lamas tem ângulos diferentes. Pequenos desenhos perto das rodas apresentam uma silhueta da Santa Cruz, que também aparecem no degrau do parachoque e na caçamba. 

A lateral com linhas triangulares remetem ao Elanta, dando a Santa Cruz uma personalidade própria. O mesmo vale para a coluna C, com estilo diferente das picapes, que se funde em laterais da caçamba baixas, que ajudam na carga e descarga. Lanternas em LEDs se estendem por quase toda a tampa, que é mais impactante visualmente que o estilo quadrado das picapes, de acordo com a Hyundai. A Santa Cruz tem um estilo diferente de qualquer picape vendida, que pode ser um “ame ou odeie”. Estamos na primeira turma, e não cansamos de admirar as linhas da picape. 

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Conveniência compacta

Faremos algumas reclamações sobre a Santa Cruz agora. A caçamba é bem curta, o que limita sua usabilidade. A Hyundai perdeu a chance de colocar algumas soluções criativas, como a janela traseira que pode ser abaixada da Toyota Tundra ou a possibilidade de abrir a divisória entre a caçamba e a cabine como existe na Chevrolet Avalanche e vimos no conceito VW Tarek em 2018. No lugar dessas soluções, o proprietário precisa abaixar a tampa da caçamba para levar objetos mais longos, como bicicletas. Por sorte, há alguns truques na traseira da Santa Cruz que ajudam bastante. 

Para começar, a tampa da caçamba consegue ser travada em uma posição parcialmente aberta, alinhando com o topo das caixas de rodas e permitindo que se coloque um pallet de 1,20 m x 2,40 m. Há pontos onde é possível colocar pallets de 60 cm x 1,20 m ou 60 cm x 1,80 m, dando ao proprietário algumas opções para o uso. Dois pequenos nichos, um em cada lateral da caçamba, são bons para amarrações e outros pequenos objetos, e as versões SEL Premium e Limited tem uma tomada 115 volts no lado do passageiro da caçamba. 

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Isso não é uma exclusividade da Santa Cruz, afinal já vimos algumas dessas soluções na Ford Maverick, que tem a caçamba um pouco maior. Porém, a Santa Cruz tem um ponto que com certeza fez os engenheiros da Ford coçando a cabeça. Um pequeno porta-malas sob a caçamba a prova de água para guardar bagagens e mochilas, com drenos que permitem o usar como um cooler – encha de gelo e o deixe derreter sem preocupação. A Hyundai oferece uma capota marítima de série, enquanto na Maverick é um acessório. 

Mesmo a caçamba da Santa Cruz sendo um pouco menor, ela faz um uso excepcional do espaço e a Hyundai diz que pode acomodar uma moto de 250 cc ou 2 bicicletas com a capota removida. A marca também diz que pode guardar 2 snowoards e equipamentos ali sem tirar a capota. 

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O que não gostamos

A Hyundai Santa Cruz nos ganhou com o passar do dia e isso foi melhorando mais a mais com a picape. Não, não tem uma grande capacidade fora-de-estrada e não, não reboca um iate. Porém, anda muito bem na estrada e o computador de bordo mostrou um consumo de 9,4 km/litro em uma estrada cheia de subidas, com soluções para o uso que a fazem uma boa opção para a cidade. Muita gente será melhor servida pela Santa Cruz que por um SUV similar por sua versatilidade de carga – mesmo que pra isso tenha que perder um pouco de espaço no banco traseiro. 

Falando em preço, a picape da Hyundai custa, nos Estados Unidos, iniciais US$ 23.990 na versão SE com tração dianteira. Ela tem o motor 2.5 aspirado de 194 cv e 25 kgfm de torque, já com itens como alerta de colisão, frenagem automática de emergência, assistente de faixa e espelhamento de smartphones sem fio. A intermediária SEL adiciona alerta de ponto-cego, banco do motorista elétrico e outros itens por US$ 27.190. A tração integral adiciona US$ 1.500 em ambas as configurações. 

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A tração integral é item de série com o 2.5 turbo na SEL Premium (US$ 35.680) e na Limited (US$ 39.720). Nosso carro ainda tinha a pintura Sage Gray (US$ 400) e tapetes de US$ 185, nos dando um total de US$ 41.500, muito perto do valor de algumas picapes médias do mercado local. A versão SEL Premium, já bem equipada, é uma boa opção e a SE com a tração integral por US$ 28.000 é algo interessante aos que querem mais do que um SUV com a versatilidade limitada. 

Galeria: Hyundai Santa Cruz 2022 – Avaliação

Mesmo em sua versão mais cara, a Hyundai Santa Cruz nos deu um apetite por picapes menores. Queremos ver como será a Ford Maverick Hybrid e seus 17 km/litro ou a versão com 250 cv do motor EcoBoost. Além desse comparativo, a Santa Cruz é um exemplo da versatilidade e uso diário. 

E no Brasil?

Apesar do porte similar a da Fiat Toro e da vinda da Ford Maverick praticamente confirmada, a Hyundai Santa Cruz não deverá aparecer por aqui. A importação dos Estados Unidos a deixaria mais cara que sua concorrentes, mas seria uma boa opção nessa categoria que já faz sucesso em nosso mercado há alguns anos. Quem sabe, mas por um valor acima das similares. 

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