Chefe da Honda, Alberto Puig avaliou que os resultados de 2023 podem condicionar o futuro de Marc Márquez. Na visão do dirigente, o espanhol pode buscar um novo rumo para a carreira caso a fábrica japonesa não consiga dar a ele uma RC213V competitiva.
Márquez defende a equipe de fábrica da Honda desde que subiu para a classe rainha do Mundial de Motovelocidade, em 2013. Além disso, o contrato atual dele é válido até 2024.
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Ainda assim, o descontentamento do piloto de 30 anos com a performance da moto resultou em uma onda de rumores sobre uma eventual mudança, especialmente para a Ducati, que é a dona da melhor moto do momento. A própria casa de Bolonha, porém, já considera que não precisa mais do #93, uma vez que tem Francesco Bagnaia, campeão de 2022.
Na visão de Puig, os resultados deste ano podem ser determinantes para definir o futuro do irmão de Álex na equipe.
“Os resultados desta temporada podem condicionar as decisões de Marc no futuro imediato”, admitiu. “Acho que Marc conhece a Honda muito bom e sabe que não vamos parar até dar a ele a moto que ele quer e merece. Não sei quando e se isso vai acontecer, ou se, quando acontecer, estaremos no prazo para manter Marc. O sonho da Honda é que ele nunca saia”, frisou.
Na temporada 2023, Márquez começa a temporada em forma pela primeira vez em quase três anos, após passar por quatro cirurgias na esteira da fratura que sofreu na abertura do campeonato 2020.
Questionado se entende que Marc deve mudar o estilo de pilotagem para evitar riscos e preservar a integridade física, Puig respondeu: “Marc caiu até mesmo quando tinha a melhor moto, pois ele só sabe como correr e ser o melhor buscando o limite”.
“É óbvio que o corpo tem memória e, quando você sofre o que Marc sofreu, você sempre carrega isso com você”, assumiu. “Não significa que isso vai impedi-lo de ser rápido como antes, não significa que ele será mais lento, mais cauteloso, menos agressivo, só significa — e ele explicou isso milhares de vezes nos últimos meses — que ele é um Marc diferente de antes da lesão”, ponderou.
A maior dificuldade, porém, agora reside na performance da Honda. Acostumada a vencer, a montadora japonesa se viu na lanterna do Mundial de Construtores em 2022 e deixou de pontuar na classe rainha pela primeira vez em 40 anos no GP da Alemanha.
Enquanto a Honda sofre, a Ducati vai crescendo e ganhando terreno na MotoGP. O que pode representar uma ameaça para a marca da asa dourada.
“A Ducati e as outras fábricas europeias, Aprilia e KTM, fizeram um trabalho melhor do que o nosso, eles conseguiram achar os truques, os segredos, os atalhos para explorar o regulamento técnico para terem motos mais competitivas do que as nossas”, comentou. “As fábricas europeias são muito mais reativas, criativas e mais agressivas no que diz respeito ao design das motos delas. Quando seus rivais triunfam, você tem de tirar o chapéu e parabenizá-los”, encerrou.
A temporada 2023 da MotoGP começa neste fim de semana, com o GP de Portugal. O GRANDE PRÊMIO acompanha todos os detalhes da ação em Portimão.
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