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Com a greve em quatro linhas do Metrô de São Paulo, uma das alternativas para chegar ao trabalho é utilizar carros de aplicativos de transporte. No entanto, o preço, que costuma subir nessas situações de alta demanda, é um empecilho para muitos passageiros. “Acho que vou ter que pegar uns três ônibus para conseguir chegar, isso se chegar. Nem tentei ver pelo aplicativo, mas pelo valor é pagar para trabalhar”, afirmou Gleidson Fernando da Silva, de 40 anos, que mora na região do Parque do Carmo, na zona leste de São Paulo, e tenta chegar até a Vila Mariana, na zona sul da cidade.
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Para Natan Oliveira de Carvalho, de 18 anos, que trabalha na região da 25 de Março, pegar o carro por aplicativo é inviável. “Fiz uma solicitação pelo aplicativo de transporte individual, mas está muito caro. Está dando mais de R$ 80. Muito mais caro que o meu dia de trabalho”, disse ele, que mora no Itaim Paulista, na zona leste.
Nos pontos dos arredores da estação Arthur Alvim, muitas pessoas também aguardavam a chegada de ônibus, que estão funcionando normalmente, como alternativa para chegar até o destino.
Gleidson Fernando da Silva, de 40 anos, tenta sair da zona leste para a Vila Mariana, durante a greve do Metrô de São Paulo Foto: Renata Okumura/Estadão
Uma das passageiras, a idosa Marilda Alcides, de 72 anos, acabou desistindo de tentar pegar um ônibus para chegar até o Terminal Palmeiras Barra-Funda. Com viagem marcada, ainda não sabe como chegará até a rodoviária.
“É bem complicado. Estou há mais de 30 minutos e ônibus todos cheios. Estava pensando em ir até o Parque Dom Pedro. E de lá, ver como continuar o trajeto”, disse ela.
A operadora de telemarketing Beatriz Jesus, de 23 anos, foi pega de surpresa pela paralisação dos metroviários na manhã desta quinta-feira, reação comum entre os usuários do Metrô.
“Eu nem estava sabendo da greve. E agora estou vendo como chegar ao trabalho. Eu preciso ir até a República, no centro. Acho que terei que ir até o Terminal Parque Dom Pedro. O problema é que os ônibus também chegam cheios de outros pontos. Ainda não consegui embarcar”, disse a jovem que gasta uma hora diariamente para chegar ao trabalho, mas estima que hoje gaste ao menos o dobro do tempo.