O fluxo total de veículos pelas estradas pedagiadas do País recuou 1,1% em abril na comparação com março, segundo levantamento feito pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) com suas associadas e tabulados pela Tendências Consultoria Integrada.
Por categorias e submetidos ao processo de dessazonalização pelo Departamento Econômico da Tendências, o fluxo de veículos leves caiu 0,1% em abril ante março. Já o movimento dos pesados, na mesma base de comparação e com ajuste sazonal, contraiu 2,5%.
No período dos últimos doze meses encerrados em abril, o índice total acumula avanço de 4,9%, fruto do aumento de 6,1% no fluxo de veículos leves e de 1,4% de pesados.
“O resultado de pesados representa uma devolução do expressivo aumento do mês anterior (3,6%, na margem), o que está associado com fatores de calendário. Do ponto de vista macroeconômico, a oscilação dos últimos resultados representa uma tendência de menor dinamismo, desempenho associado ao baixo dinamismo da produção industrial, que capta a diminuição da demanda interna por bens de consumo e encarecimento de insumos produtivos”, avaliam Thiago Xavier e Davi Cardoso, da Tendências Consultoria.
Em relação aos veículos leves, os economistas avaliam que o cenário segue “preponderantemente favorável” para o consumo familiar de serviços não essenciais, especialmente das famílias de maior renda. “Cabe observar como o encarecimento das condições do crédito, acompanhado pela alta da inadimplência, e o gradual desaquecimento em curso do mercado de trabalho, irão afetar a dinâmica dos próximos meses”.
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