Por Andrea Shalal e Steve Holland e Phil Stewart
WASHINGTON (Reuters) – Um caça F-22 dos Estados Unidos abateu nesta sexta-feira um objeto voador não identificado no Alasca, disseram autoridades norte-americanas, menos de uma semana após o Exército derrubar um balão chinês que estava sobrevoando o país.
O presidente dos EUA, Joe Biden, ordenou a derrubada, que foi anunciada da Casa Branca — um raro envolvimento presidencial, dado o inicial relato sugerindo que o objeto não representava uma ameaça militar e era bem rudimentar.
Em 4 de fevereiro, outro caça F-22 derrubou o que o governo dos EUA chamou de balão de vigilância chinês na costa da Carolina do Sul, após uma jornada de uma semana pelos Estados Unidos e partes do Canadá.
O Pentágono e a Casa Branca se recusaram a dar uma descrição detalhada desse último objeto que foi derrubado, dizendo apenas que era bem menor do que o balão chinês. O Pentágono disse que ele estava voando a cerca de 12.190 metros e era um risco ao tráfego aéreo civil.
“Não sabemos quem é o dono deste objeto”, disse o porta-voz da Casa Branca, John Kirby.
Ryder disse que pilotos norte-americanos que voaram ao seu lado determinaram que não havia humanos a bordo. Acrescentou que ele era incapaz de manobrar e não parecia um avião. Ryder e outras autoridades não quiseram dizer se poderia ser simplesmente um balão meteorológico ou outro tipo de balão.
“Não era exatamente uma aeronave”, disse Ryder, em uma entrevista coletiva.
Questionado sobre por que a autorização de Biden foi necessária, Ryder reconheceu que o comandante militar dos EUA que supervisiona o espaço aéreo norte-americano tinha autoridade para derrubar objetos que representam um risco militar ou um risco ao povo norte-americano.
“Neste caso específico, ficou determinado que ele representava uma ameaça razoável ao tráfego aéreo”, disse Ryder.
(Reportagem de Andrea Shalal, Steve Holland, Phil Stewart e Idrees Ali)