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O cronograma está definido. Serão instalados cinco eletropostos no caminho para os dois países fronteiriços, desta vez com investimento de R$ 5 milhões a serem rateados novamente entre os parceiros. “Vamos até Punta del Este, porque o Uruguai é supercoberto, mas na Argentina já começa a faltar de novo.” Um dos trechos que pedem a colocação dos equipamentos, segundo Schaan, tem cerca de 500 quilômetros entre o Rio Grande do Sul e a fronteira com o Uruguai. “Esse percurso requer maior investimento.”
O aporte a ser realizado no projeto internacional será 100% maior na comparação ao da Rota Sul, mas para um volume 50% menor de pontos de carregadores – são dez entre os estados do Sul, com 200km no máximo entre os pontos de recarga. O motivo? A falta de estrutura para a implementação dos eletropostos. Schaan cita como exemplo o posto da rede Sim em São Sebastião do Caí (RS). Novo e bem-estruturado, diferentemente dos encontrados nas estradas interioranas, inaugurados nos anos 70 e 80 e que precisam de revitalização. Entre os problemas, segundo o executivo, está a estrutura da rede de distribuição de energia pela região. “A companhia de energia tem postes velhos que precisam ser trocados.” Por isso o investimento logo chega na casa dos milhões de reais.
NOVOS MERCADOS Pedro Schaan, CEO da Zletric, planeja levar seus eletropostos para os vizinhos Argentina e Uruguai após anunciar investimento de R$ 2,4 milhões em rede na região Sul do Brasil.
1 de 2 NOVOS MERCADOS Pedro Schaan, CEO da Zletric, planeja levar seus eletropostos para os vizinhos Argentina e Uruguai após anunciar investimento de R$ 2,4 milhões em rede na região Sul do Brasil.
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As regiões escolhidas para o aumento de rede acompanharão o share de venda de veículos elétricos que acontece em maior número nas regiões Sul e Sudeste, mas sem deixar de olhar para localidades estratégicas como Distrito Federal e cidades do Nordeste que já apresentam ótimos números de crescimento. A expansão dos negócios está apoiada na perspectiva da chegada de novos modelos elétricos ao Brasil e em volumes cada vez maiores nos próximos cinco anos. Estima-se que entre 2027 e 2028 o preço do modelo elétrico já deverá estar no mesmo patamar ou até mais baixo do que o de modelos a combustão. A Zletric aposta nesse futuro — inevitável e elétrico.