O carro e a motocicleta ainda são os preferidos, mas há outras percepções dependendo do local para onde se desloca
Ciclovia da Avenida Paulista – Foto: Agência Brasil/Marcelo Camargo
A OLX divulgou uma pesquisa, com exclusividade para a Motor Show, chamada de Tendências do Consumidor — Mobilidade Urbana. O levantamento é do Data OLX Autos, solução de inteligência automotiva da plataforma.
O objetivo do estudo é identificar as mudanças no comportamento do público relacionados à mobilidade nos centros urbanos.
Frequência de uso dos meios de deslocamento
Qual seriam os meios de deslocamento mais utilizados? Segundo 60% dos entrevistados, o carro e a motocicleta são os meios de transporte prioritários.
Os aplicativos de mobilidade são mais utilizados ocasionalmente (por 55%), enquanto táxi, trem, metrô, ônibus ou similares e bicicleta não são utilizados por mais da metade dos participantes do levantamento.
Foto: Divulgação/OLX
O automóvel é o tipo de transporte mais utilizado nos deslocamentos para a residência de amigos e familiares na cidade (73%), ao hospital (70%), ao supermercado e padarias (66%), bares e restaurantes (60%), para o trabalho (54%), bancos e lotéricas (50%) e escolas e universidades (44%).
Uma curiosidade é que a maioria dos participantes costumam ir mais a pé quando se deslocam para farmácia (52%).
Os aplicativos de mobilidade são a segunda opção preferida para ir a bares e restaurantes (31%), ao hospital (24%) ou rumo a clínicas de saúde (22%).
Para ir ao local de trabalho, destaca-se a menção ao uso de automóvel entre respondentes masculinos (58%) e o uso de ônibus, vans entre a geração Z (31%).
Já a utilização de trem e metrô é menos comum entre as gerações de mais idade (X e BB) – sendo 6% na comparação com os mais jovens (10%).
Uais são os meios de locomoção mais importantes?
Cerca de 68% dos usuários entrevistados apontam que ter um carro para uso pessoal é importante, seguido da possibilidade de poder se deslocar a pé (47%) e aplicativos de mobilidade (40%).
Mais de 40% dos entrevistados têm a intenção de adquirir um automóvel nos próximos seis meses, sendo que 15% deseja comprar um usado e 13% um seminovo.
A importância do preço
Dentre os itens mais relevantes na hora de comprar um veículo, 90% dos entrevistados consideram mais importante o preço do automóvel, seguido do custo de manutenção do veículo (85%), conforto no deslocamento (84%), escolha pelo tipo de automóvel (81%) e preço do combustível e IPVA (73%).
Em relação à forma de pagamento, a maioria planeja comprar o automóvel por meio de entrada e financiamento (38%), seguido de pagamento à vista (37%), carro atual como parte do pagamento e financiamento (18%) e carro atual como parte do pagamento e o restante à vista (11%).
Cerca de 10% dos respondentes pretendem financiar 100% do valor e 8% preferem utilizar o consórcio.
Tecnologia e conectividade
Outro aspecto é quanto às tecnologias embarcadas. Os itens mais importantes são as atualizações de manutenção do veículo (60%) e ligações automáticas para resgate em caso de acidente (60%).
O acesso ao Wi-Fi e o 5G, implementado no Brasil neste ano, aparece em quarto lugar como item mais relevante, sendo citado principalmente pelas gerações X (51%) e Baby Boomer (52%).
Veículos híbridos e elétricos
A maioria dos participantes também indicou interesse em comprar modelos híbridos ou elétricos (35%).
Destacam-se as gerações mais novas (Z e Y) e os entrevistados da classe A. Apesar dessa tendência, 17% não consideram comprar veículos desse tipo, e 16% estão indecisos.
O estudo também perguntou se os entrevistados teriam interesse em instalar Gás Natural Veicular (GNV) no automóvel para economizar com combustível, obtendo 26% das respostas afirmativas. Dentre essas, predomina o público feminino (34%), as gerações Z e Y (29%), a classe C (37%) e usuários das regiões Norte (35%) e Nordeste (32%).
Metodologia
A pesquisa entrevistou 4.580 usuários da OLX nas cinco regiões do país entre 22/9 e 5/10, abrangendo nascidos da Geração Z (com até 26 anos) aos Baby Boomers – BB (59 anos ou mais), das Classes A, B, C, D e E, sendo 83% compostos da população economicamente ativa.
A maioria dos entrevistados se identifica como homens (80%), com média de 46 anos de idade, pertencentes à Geração X.
Os Estados com mais participantes foram São Paulo (22%), Rio de Janeiro (13%), Distrito Federal (11%), Rio Grande do Sul (8%) e Minas Gerais (8%).
O público é composto principalmente por entrevistados da classe B (48%) e C (34%), com renda média familiar mensal de R$ 5.465,14.
A maior parte do público possui automóvel (77%). Desses, 88% possuem carro e 24% tem motocicleta ou motoneta.