Como as fábricas europeias mudaram o MotoGP, segundo por Davide Brivio
Davide Brivio, que foi Team Manager da Suzuki desde o seu regresso ao paddock e saiu no final de 2020, com os títulos mundiais de equipas e de pilotos, com Joan Mir, falou da maneira como a dinâmica das construtoras europeias mudaram o funcionamento do paddock…e influenciaram o ‘modus operandi’ das estruturas de origem nipónica, citado na ‘Slick Magazine’:
– O desenvolvimento das motos fazia-se de acordo com os hábitos das empresas japonesas: uma planeação longa, o trabalho diluía-se em vários meses até ao final do mundial, sem pressas. É por isso que as coisas chegavam devagar. ‘É preciso um chassi? Demora três meses. E é preciso um motor diferente? Iremos falar nisso no ano que vem’. As fábricas europeias aceleraram este processo, especialmente a Ducati. Mas a Aprilia também, e a KTM está lentamente a entrar também em cena. As fábricas europeias foram sempre muito agressivas, mas em alguns anos erraram, na minha opinião. Por vezes tinham muitas inovações que não foram testadas como deviam de ser. Por vezes vão pelo caminho errado, mas mantiveram sempre o espírito agressivo e assim que resolvem as coisas, continuam com essa mentalidade. E agora trata-se de uma mentalidade agressiva: estão sempre a introduzir partes novas, mesmo coisas pequenas, para continuamente tentar melhorar a moto. E isso graças a esta agressividade deles, pois conseguiram desafiar a forma como se antes faziam as coisas.
