Marcas usam a competição como ponto de desenvolvimento de motores e gestão de energia
É comum as montadoras testarem tecnologias e soluções nas competições antes de entrar em uma fase para os carros de rua. Muito do que vemos em modelos a combustão e são tratadas como novas, como o turbo ou injeção direta, são realidades antigas nas pistas. E o mesmo serve para os elétricos com a Fórmula E.
Esta é a terceira geração do carro da Fórmula E. Foi apresentado em 2022 com um design bem diferente dos anteriores, com grande inspiração em aviões caça. A estrutura é fornecida pela mesma empresa, a Spark Racing Technology, e a bateria de 47 kWh pela Williams Advanced Engineering. Ou seja, fica para cada equipe seus próprios motores – há as equipes de montadoras e as clientes, que compram esses conjuntos.
Apesar dos dois motores, um em cada eixo, o Gen3 tem o dianteiro apenas para a regeneração de energia de até 250 kW, chegando aos 600 kW somado ao traseiro nos momentos de frenagens e reduções – cerca de 40% da energia utilizada em uma corrida vem dessa recuperação. O motor traseiro é o único que faz a propulsão, com 250 kW (340 cv), e dispensa os freios hidráulicos pela força de regeneração. No dianteiro, ainda há um sistema de discos e pastilhas, mas boa parte da força vem da recuperação.
Ou seja, alguma coisa do que vimos no Sambódromo do Anhembi (SP) são tecnologias que melhorarão a experiência de ter um carro 100% elétrico em um futuro próximo. Melhor aproveitamento da regeneração, gerenciamento de carga e até velocidade de carregamento são pontos importantes que fazem um carro campeão nas pistas e melhor nas ruas.
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