Trecho da rodovia ficou interditado com o transbordamento da Barragem da Vallourec, em janeiro deste ano
SINUOSO Dentro dos 70 quilômetros mais críticos, há ainda outros trechos que ficaram conhecidos pelos acidentes. Um dos mais perigosos fica em Itabirito, no km 588. Trata-se de um segmento sinuoso, que termina com a forte curva do Ribeirão do Eixo, onde muitos veículos, sobretudo de carga, entram em velocidade incompatível e acabam se acidentando. Bem próximo, a Curva do Cavalo, também em Itabirito, no km 596, ainda é conhecida pelos desastres. Os viadutos em curva sobre as cidades de Santos Dumont e Simão Pereira também são dignos da atenção dos motoristas, bem como curvas mais exigentes com históricos de acidentes em Cristiano Otoni (km 656), Barbacena (kms 712 e 717), Santos Dumont (km 741), Ewbank da Câmara (km 758) e Matias Barbosa (km 815). No Rio de Janeiro, a subida da Serra de Petrópolis, no sentido Belo Horizonte, inspira cuidados por ter pistas estreitas, ainda que duplas, e não ser dotada de acostamentos. Neblina e nevoeiro também são frequentes, sobretudo nesta época do ano.
Transporte de cargas compromete o asfalto
O tráfego pesado também é uma marca da saída de Belo Horizonte para Brasília pela BR-040. Ainda que apenas em 110 quilômetros, até Curvelo, as pistas sejam duplicadas, esse é um dos segmentos mais críticos, pois a estrada concentra acessos a bairros, empresas, comércios, pontos de transporte coletivo e travessias de pedestres de bairros populosos da Grande BH, especialmente em Contagem (Morada Nova, Jardim Bandeirantes, Vila Paris, Kennedy, Ceasa, São Sebastião, Novo Boavista e Parque Industrial) e Ribeirão das Neves (Liberdade, San Marino, Vereda, San Remo, Jardim Colonial, Veneza, Florença, Vale das Acácias, San Genaro), o que inspira muito cuidado de viajantes, condutores de cargas pesadas e de passageiros. As fortes chuvas que marcaram o início do ano comprometeram várias bases dessa estrada que precisaram ser reforçadas. Muitos trechos de acostamento foram engolidos por erosões e também foram reparados, mostrando os danos que chuvas dessa intensidade podem trazer.A principal reclamação dos motoristas até Sete Lagoas, a 70 quilômetros de Belo Horizonte, é a pista escorregadia por derramamento constante de cargas, como carvão e minério destinados às siderúrgicas, o que termina com carros e carretas sofrendo derrapagens e se acidentando fora da pista ou na valeta central que separa as duas mãos de direção. Tanto no sentido Rio de Janeiro quanto para Brasília, várias obras (veja a relação no mapa) de drenagem, reconstituição do pavimento e melhoria de sinalização demandam estreitamento de pistas e regime de siga e pare. A concessionária Via 040 destaca que as intervenções retornam amanhã (25/12). “Em continuidade ao trabalho de manutenção da rodovia BR-040, a Via 040 está atuando em diversos pontos do trecho concedido. Atividades que demandam maior atenção do motorista pela possibilidade de retenções no trecho. As atividades de melhorias em sistemas de drenagem estão intensificadas no período de chuvas.” No trecho do entorno do DF e na Região Metropolitana de Belo Horizonte, as obras com alteração de tráfego (estreitamento) são executadas entre as 21h e as 5h. Atividades e demais serviços nos trechos são executados entre as 7h e as 17h.