Funciona explorando as características dos materiais cerâmicos. Tem pouca densidade, mas nunca se degrada
Não se passa um dia sem que alguma nova tecnologia de bateria seja anunciada. Até pouco tempo, havia íon de lítio e umas poucas opções. Hoje em dia há lítio-metal, fosfato-lítio-ferro, enxofre de lítio, íons de sódio e, etc.
Derivadas das células de combustível
Mas como funciona uma bateria de íons de oxigênio? O elemento chave é um material cerâmico especial capaz de absorver e libertar precisamente íons de oxigênio quando é aplicada uma tensão elétrica. Os íons podem mover-se em ambas as direções, gerando uma corrente elétrica.
Baixa densidade, alta durabilidade
O Professor Jurgen Fleig, que coordenou a equipe de investigação, acrescentou: “O princípio básico é muito semelhante ao de uma bateria de íons de lítio. É claro que temos uma densidade energética mais baixa, mas os nossos materiais oferecem algumas vantagens importantes. A cerâmica, por exemplo, não é inflamável. Além disso, os custos de produção são muito baixos porque os materiais necessários são baratos e prontamente disponíveis”.
O protótipo utilizado para o estudo ainda adota alguns elementos caros. Por exemplo, na primeira bateria de íons de oxigênio, ainda é utilizado um componente de lantânio. No entanto, salientou o Prof. Fleig, nas nossas baterias podemos pegar elementos individuais e substituí-los por outros mais baratos. A investigação a este respeito já está em curso e estamos confiantes de que iremos desenvolver uma bateria sem materiais preciosos’.
Casar com energias renováveis
Por agora, as baterias de íons de oxigénio têm uma densidade de apenas um terço da de íons de lítio. Isto faz com que não seja adequado para carros elétricos nem para dispositivos eletrônicos. No entanto, é ideal para sistemas de armazenamento. Não menos importante, porque funciona bem a temperaturas entre 200 e 400 graus Celsius. Por conseguinte, combina perfeitamente com sistemas estacionários que recebem eletricidade de fontes renováveis.
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