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Toyota Rav4

Avaliação: Toyota RAV4 Hybrid vem para abalar o mercado

Testamos o Toyota RAV4 Hybrid 2019, que chega ao Brasil a partir de R$ 165.990. Com a ajuda de três motores elétricos, ele anda muito e gasta pouco para deixar a concorrência preocupada

Toyota RAV4

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Lorenzo Marcinnò

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[Nota: Essa avaliação do Toyota RAV4 Hybrid foi feita pelos nossos parceiros na Itália e publicada originalmente apenas na edição impressa da MOTOR SHOW de abril, edição 427 e agora republicada aqui no site. O carro lançado oficialmente hoje, 23/5, é quase exatamente o mesmo que você viu antes na MOTOR SHOW. Todos os detalhes sobre o pacote para o Brasil divulgados hoje, 23/5, com os detalhes das duas versões e equipamentos você confere aqui. Abaixo, o texto original com as observações pertinentes]

A coisa mais importante do novo Toyota RAV4 Hybrid são duas. A primeira é que agora ele é sempre híbrido, como todo Toyota europeu. A segunda é que deve vir ao Brasil este ano e, com benefícios fiscais, pode ter um preço não muito acima dos R$ 150 mil da geração atual – o que fará dele um belo negócio, para abalar o segmento de SUVs médios como o Corolla híbrido flex nacional revolucionará o de sedãs.

A mudança não é só no visual, que “roubou” algumas ideias dos Lexus e do CH-R. Essa quinta geração do SUV tem importantes inovações técnicas. A princípio, não pareceria, pois as dimensões são idênticas às anteriores. Mas o esquema híbrido muda bem: o motor a gasolina quatro cilindros agora trabalha com dois elétricos na dianteira e, nas versões com tração integral como a avaliada, outro motor elétrico move as rodas traseiras.

A “substância” vem da plataforma TNGA-K, a mesma do sedã Lexus ES e do Toyota Camry, variação da usada na dupla Corolla/Prius. O motor a gasolina também foi modificado, embora tenha mantido os 2,5 litros e o ciclo ainda seja Atkinson. Isso fez diferença no conforto e no consumo, pontos de progresso mais significativo. A plataforma permitiu adotar novas suspensões traseiras, com calibração mais confortável. Para completar, o powertrain ficou mais potente – são 222 cv combinados, ante 197 antes. E, mesmo com o melhor desempenho, o consumo caiu.

A maior satisfação continua sendo justamente o baixo consumo, principalmente na cidade, onde o sistema híbrido dá seu melhor, graças à enorme contribuição do motor elétrico na tarefa mais onerosa para o motor térmico: as saídas da imobilidade. Com as melhorias, o SUV fez 18,6 km/l em nosso teste, contra 17 do anterior. Isso no pior caso, com a bateria quase vazia. Porque quando está cheia ajuda mais, garantindo mais de 22 km/l. Mesmo no pior cenário para híbridos, a estrada, o RAV4 melhorou: fez 12,5 km/l, contra 11,4 antes. No geral, a média deu 15,6 km/l, um resultado com o qual SUVs a gasolina só podem sonhar.

A vida a bordo do RAV4 é como os conhecedores de híbridos já sabem: um passeio suave e relaxante, especialmente se o pé for leve. Se tiver capacidade (e paciência) de não deixar o ponteiro no painel passar da palavra Eco, o motor a combustão raramente é usado. Mesmo quando começa a dar uma mão para seus colegas elétricos, o faz de maneira bem discreta: é sempre desligado e religado de maneira quase imperceptível e o ruído é baixo.

Toyota RAV4 – Equipamentos

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Lorenzo MarcinnòO design do painel mudou bastante, e o acabamento, que era alvo de críticas, está mais caprichado

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Lorenzo MarcinnòOs indicadores do sistema híbrido, que ajudam a dirigir economicamente (próxima foto)

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Lorenzo MarcinnòA prateleira sobre o porta-luvas

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Lorenzo MarcinnòJunto ao câmbio, o comando dos modos de condução, que muda de cor conforme o selecionado, e do freio de mão elétrico

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Lorenzo MarcinnòO retrovisor que usa imagens de câmeras quando a visão está obstruída

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Lorenzo MarcinnòO interior espaçoso sempre foi um destaque do RAV4. Os bancos estão mais confortáveis

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Lorenzo MarcinnòCom o traseiro rebatido, o porta-malas fica com assoalho plano

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Lorenzo MarcinnòO teto panorâmico opcional areja a cabine e abre na parte dianteira

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Só quando se exige mais desempenho a operação se torna um pouco entediante, por causa da transmissão E-CVT, que segura o motor constante e implacavelmente em giros altos. Nessas condições,o ruído até aumentou. O consolo é que o SUV agora anda mais que antes: 0-100 km/h em ótimos 7s95, cinco décimos a menos. Há, ainda, um modo manual, que simula seis marchas e pode também ajudar a aumentar as recargas.

Já as suspensões estão mais eficientes na absorção de impactos, especialmente os mais marcantes (em trilhos, degraus…) e na área frontal: sinal de boa estrutura, que aumenta a qualidade de vida a bordo. A cabine, aliás, continua com ótimo espaço para a família, característica que sempre marcou o SUV. Na traseira, perdeu alguns centímetros para as pernas, mas ao menos eliminaram o túnel central alto. Bom também o porta-malas, que cresceu para 550 litros (30 a mais) e satisfaz plenamente as necessidades de uma família. E é também prático, porque tem forma extremamente regular e a porta traseira tem abertura automática. No entanto, é todo de plásticos rígidos, sujeito a danos ao longo do tempo.

Os detalhes mais visíveis, porém, são mais bem cuidados. O painel de instrumentos, agora com design mais moderno, tem grandes botões emborrachados para ajustar o ar-condicionado, agradáveis ao toque; as portas são cobertas do mesmo material macio. Os japoneses deram mais atenção aos comandos mais usados e aos porta-objetos, também revestidos para não escorregarem chaves ou smartphone. Mas há um aspecto que decepciona: a central multimídia, embora evoluída, não tem Apple CarPlay e Android Auto.

O RAV4 compensa, em tecnologia, com uma solução inovadora: o retrovisor “inteligente”, que permite ver atrás do carro (graças a uma câmera na janela) mesmo quando a bagagem barra a visão. É opcional, assim como a frenagem de emergência automática, a assistência de manutenção em pista e o ACC (piloto automático adaptativo). O pacote Tech inclui ainda o aviso de ponto cego e os sensores de estacionamento dianteiros e traseiros, que ativam a frenagem automática em manobras.

Se esse novo RAV4 vier na faixa ainda abaixo de R$ 175 mil – mesmo que seja na versão com tração apenas dianteira –, pode apostar que vai ter fila para comprá-lo Teria, com o correto incentivo para híbridos, a competitividade que sempre lhe faltou. [e não é que veio abaixo de nossa previsão, e sempre com tração AWD? São duas versões com diferenças nos equipamentos, por R$ 165.990 e R$ 179.990; mais detalhes aqui]. Jeep Compass, Peugeot 3008, Hyundai Tucson e cia. que se cuidem!

TECNOLOGIA

RENDIMENTO ELEVADO

O RAV4 usa a plataforma TNGA-K, a mesma do Prius, do Corolla e do Lexus ES. (em diferentes variações) Com o último compartilha o motor 2.5 com ciclo Atkinson e quatro cilindros, que teve taxa de compressão aumentada (de 12,5 para 14: 1) e na abertura, mais longa. A transmissão E-CVT é compacta e forma um conjunto com dois motores-geradores para propulsão: o gerenciamento foi revisto para tornar a entrega mais linear. Esta versão 4×4 está equipada com um terceiro motor elétrico de 40 kW que aciona as rodas traseiras: em comparação com o modelo anterior, o torque traseiro foi aumentado em 30%. Além disso, o modo Trail freia a roda que perde aderência, transferindo o torque para o lado oposto. Desta forma, o uso em superfícies off-road melhorou.

Ficha técnica:

Toyota RAV4 

Preço oficial: S Hybrid 165.990
Carro avaliado: SX Hybrid 179.990
Motor: gasolina quatro cilindros em linha 2.5, 16V, injeção direta e indireta, ciclo Atkinson + 2 motores elétricos dianteiros + motor elétrico auxiliar traseiro
Cilindrada: 2487 cm³
Combustível: gasolina+baterias
Potência: 178 cv a 5.700 rpm (g) +120 cv (elétricos, sendo até 54 cv no traseiro) = potência combinada de 222 cv
Torque: 22,5 kgfm de 3.600 a 5.200 rpm + 20,6 +10,2 kgfm (não se somam)
Câmbio: automático continuamente variável (e-CVT)
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e multi-link double wishbone (t)
Freios: disco ventilados (d) e discos sólidos (t)
Tração: integral elétrica
Dimensões: 4,60 m (c), 1,86 m (l), 1,69 m (a)
Entre-eixos: 2,69 m
Pneus: 225/60 R18
Porta-malas: 580 a 1.690 litros
Tanque: 55 litros
Peso: 1.650 kg
0-100 km/h: 8s0 (QRT)
Velocidade máxima: 187 km/h
Consumo cidade: 18,6 km/l (teste Quattroruote) – [14,3 km/l (Inmetro – PBEV)]
Consumo estrada: 12,5 km/l (teste Quattroruote) – [12,8 km/l (Inmetro – PBEV)]
Emissão de CO²: 96 g/km
Nota do Inmetro: B
Classificação na categoria: A (SUV Grande)

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