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Avaliação: Renault Arkana é o novo SUV-cupê que pode virar nacional

“Primo” do Captur, o SUV-cupê Renault Arkana estava originalmente destinado apenas ao mercado russo, mas já chegou à Europa – e agora está sendo estudado para o Brasil

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O Renault Arkana tem teto inclinado, janela traseira alongada, terceiro volume apenas sugerido: é claramente um SUV-cupê, conceito estilístico que não é novo – nasceu ainda em 2006 com o SsangYong Actyon e se tornou um sucesso no ano seguinte, com o BMW X6 (leia mais aqui) –, mas agora está mais popular do que nunca, presente até em modelos de “entrada” como o VW Nivus (leia aqui)

Assim, se no lançamento o Renault Arkana estava destinado só à Rússia, com plataforma B do Renault Duster e do Captur brasileiro atual (clique nos nomes para as avaliações), agora a marca fez uma versão para a Europa, com plataforma diferente, construída na Coreia do Sul. E, como é a mesma CMF-B que está sendo implantada no Brasil para os futuros Duster e Captur, ele poderia ser fabricado aqui também daqui a cerca de dois anos.

Posicionado acima do VW Nivus, na faixa a partir de R$ 150 mil, este Renault Arkana com base CMF-B seria um rival cheio de estilo para SUVs médios como Jeep Compass, VW Taos e Toyota Corolla Cross (leia comparativo dos três aqui), além de um opção maior ao novo Citroën C4 (na revista MOTOR SHOW 439; em breve publicaremos a avaliação aqui).

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A área crítica deste tipo de carroceria é, de fato, a traseira, pois o teto inclinado pode limitar o espaço para quem senta atrás. No Renault Arkana, essa desvantagem só vale para o assento do meio, devido à forma do banco – mas não para quem senta nas janelas, onde os assentos são bem delineados e ligeiramente mais altos do que os dianteiros.

Na frente, por outro lado, você desfruta de mais liberdade de movimentos e ajustes abundantes. O Renault Arkana avaliado, um “R.S. Line”, tem bancos em camurça microperfurada, couro natural e costuras vermelhas contrastantes, combinando com os cintos de segurança. Um banco com perfil bom e consistente, mas não muito rígido, tem suporte eficaz em estradas sinuosas.

O ponto H (quadril do motorista) está a 62 cm do solo: o Renault Arkana é um pouco mais alto do que um sedã normal, porém mais baixo do que um SUV “normal”, para dar uma sensação mais esportiva. Essa série especial R.S. inclui diversos detalhes estéticos internos, como os acabamentos em carbono, e externos, sendo os mais evidentes o duplo escapamento e as rodas de 18 polegadas (e pneus 215/55).

Esta versão híbrida leve combina um motor 1.3 a gasolina turbinado – desenvolvido em conjunto com a Mercedes, ele está nos novos GLB e GLA 200 (leia avaliação) e, em versão flex, no Renault Captur – com um motor-gerador 12V e uma pequena bateria (de 0,13 kWh). Este sistema recupera energia nas desacelerações e frenagens e a usa na partida e nas acelerações, dando uma “forcinha extra” para o motor a combustão.

Na verdade, a ação dele é absolutamente imperceptível, e, se garantiu boas marcas de consumo na estrada (médias de 14,1 km/l), na cidade decepcionou um pouco, com médias de apenas 9,8 km/l. É óbvio que a superfície frontal e o peso têm influência neste resultado.

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Já o câmbio é automatizado de dupla embreagem e sete marchas com um funcionamento perfeito, de modo geral. Mas vale destacar aqui que, ao pisar mais fundo no acelerador, a redução de algumas marchas extras causa um aumento considerável no ruído dentro da cabine – apesar do cofre do motor ser bem isolado, com revestimento em todo o interior do capô. A relação de transmissão é curta nas primeiras marchas e se estende até a sétima marcha: são 1.800 rpm a 100 km/h.

As marchas também podem ser selecionadas pelas aletas junto ao volante – e, no modo Sport, em uma estrada sinuosa, você também pode se divertir o quanto quiser, aproveitando uma pequena dose de rolagem da carroceria. Os modos de direção alteram a resposta do acelerador, da transmissão e do volante; os outros dois são Eco e My sense (este último customizado). Normalmente, a sensação é de uma direção leve, mas não muito rápida, com uma configuração que oferece bom conforto em todas as condições. Ao passar para o modo mais esportivo, a questão se resolve: a sensação é de maior sensibilidade, pois a ação da assistência elétrica é atenuada e a aceleração é mais incisiva (0-100 km/h em 9,3 segundos), causando até certa perda de aderência das rodas dianteiras. Já os freios – o pedal tem acabamento de alumínio – têm discos nas quatro rodas.

O Renault Arkana, no mínimo, sofre apenas de certo “afundamento” do eixo dianteiro, pois é um carro que, embora tenha linhas de cupê, continua, no fundo, sendo baseado em um SUV. Falando nisso, embora não tenha pretensões de encarar o fora de estrada, este Renault pode enfrentar aventuras mais leves: tem uma distância do solo de ótimos 20 cm, um balanço dianteiro relativamente curto e um bom curso de suspensão. Frente e traseira são decoradas com “skidplates” que têm função estética – mas, de qualquer modo, a parte inferior da carroceria é protegida com painéis especiais.

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A cabine desta versão “esportivada” R.S. Line tem acabamento que imita fibra de carbono e iluminação ambiente com LEDs e oito opções de cor. Os comando do sistema de ar-condicionado, no entanto, ficam meio baixos

Já o painel deste Renault tem uma tela sensível ao toque de 9,3 polegadas posicionada verticalmente, na qual se controla o sistema multimídia EasyLink – que incorpora funções de busca do Google e alertas sobre o tráfego TomTom e conexões Android e Apple CarPlay. No entanto, falta um controle de volume de áudio de fácil acesso, com um botão “normal”: só se pode usar a tela sensível ao toque ou o comando no volante. Também vale mencionar o sistema de áudio Bose, poderoso, mas sem profundidade sonora.

Galeria: Renault Arkana (interior)

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A cabine desta versão “esportivada” R.S. Line tem acabamento que imita fibra de carbono e iluminação ambiente com LEDs e oito opções de cor. Os comando do sistema de ar-condicionado, no entanto, ficam meio baixos

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O quadro de instrumentos é totalmente digital e configurável, com uma tela de 10,2”

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O sistema multimídia de 9,3” fica disposto verticalmente e oferece sempre respostas bastante rápidas ao toque

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O porta-malas que a marca afirma ter 513 litros – mas aferimos apenas 407

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Renault Arkana 1.3 EDC

Preço básico (Estimado) R$ 150.000
Carro avaliado (Estimado) R$ 170.000

Motor: quatro cilindros em linha 1.3, 16V, duplo comando variável, injeção direta, turbo, híbrido leve de 12V
Cilindrada: 1332 cm3
Combustível: gasolina
Potência: 140 cv a 4.500 rpm
Torque: 26,5 kgfm de 1.750 a 3.500 rpm
Câmbio: automatizado, dupla embreagem, sete marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,57 m (c), 1,82 m (l), 1,58 m (a)
Entre-eixos: 2,72 m
Pneus: 215/55 R18
Porta-malas: 513 litros (medição QRT: 407 litros)
Tanque: 50 litros
Peso: 1.336 kg
0-100 km/h: 9s3*
Velocidade máxima: 207 km/h*
Consumo cidade: 9,8 km/l*
Consumo estrada: 14,1 km/l*
Emissão de CO2 133 g/km**
Consumo nota A*
Nota do Inmetro: B**
Classificação na categoria: A (SUV Grande)**

Mais na Motor Show

AVALIAÇÃO
Motor 4.5
Câmbio 4
Desempenho 4
Consumo 4.5
Segurança 4
Equipamentos 4
Multimídia 4
Conforto 4
Porta – malas 4.5
Prazer em dirigir 4

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