Chevrolet

Avaliação: nova Chevrolet Montana é picape feita de SUV

Na nova geração, que em nada remete à antecessora, a Chevrolet Montana passa a ser oferecida só com cabine dupla e motor 1.2 turbo para desafiar a Fiat Toro e a Renault Oroch

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A primeira Chevrolet Montana chegou para substituir a Corsa Pick-Up, sendo baseada na plataforma 4200 e fabricada de 2003 a 2010 – quando debutou a polêmica segunda geração, inspirada no (fracassado) Agile.

Já a nova Montana poderia até ter mudado de nome, de tão diferente que ficou nesta terceira geração.

Agora de olho no mercado ocupado pelas rivais “crescidas” Toro e Oroch, a Montana também cresceu, mas ainda se aproxima mais da segunda do que da líder de vendas: são 4,78 m de comprimento, 1,80 m de largura e 1,66 m de altura (as medidas detalhadas das rivais e mais informações sobre elas você confere no quadro das mais abaixo).

“A nova Montana marca a entrada da Chevrolet em um novo segmento: há dez anos, o mercado nacional era similar ao europeu, dominado por hatches e sedãs; hoje, estamos mais próximos do norte-americano, devido à generosa oferta de picapes e SUVs”, explica Rodrigo Fioco, diretor de marketing de produto da Chevrolet.

De fato, se antes derivava da família Corsa/Agile, agora a Chevrolet Montana nasce da base do Tracker, com quem compartilha também a mecânica.

E a adoção da plataforma GEM (mais uma nascida para mercados emergentes, a mesma dos bem-sucedidos Onix, Onix Plus) representou uma metamorfose total na construção, nos conteúdos e na dirigibilidade, agora mais similar à dos SUVs compactos.

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O exterior da Chevrolet Montana tem um desenho influenciado pela “linguagem de design” do Trailblazer e do Blazer (este último à venda apenas em outros mercados globais).

A influência aparece nos conjuntos ópticos full-LED, no desenho da grade frontal, nos detalhes em cromo-escurecido e nas lanternas, que são horizontais e conectadas por uma régua, com a inscrição Chevrolet na tampa da caçamba.

O motor 1.2 turbinado e flex pode vir com o câmbio manual ou com o automático, ambos de seis marchas.

No total, a gama da Chevrolet Montana é composta por cinco versões: a mais cara é a avaliada, Premier 1.2 AT, (R$ 140.490), e ainda há a LTZ 1.2 AT (R$ 134.490), a 1.2 AT (R$ 121.990) e a 1.2 MT (R$ 121.990).

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Foto: Divulgação (Fabio Gonzalez)

Todas vêm de série com seis airbags (frontais, laterais e de cortina), protetor de caçamba, faróis com acendimento automático e serviço de concierge (OnStar), além de central multimídia MyLink com tela tátil de oito polegadas e conectividade sem fio com Android Auto e Apple CarPlay.

Tudo novo

Logo ao abrir a porta, fica evidente o foco no aproveitamento do espaço, e os materiais do acabamento, dando uma sensação geral melhor na Chevrolet Montana do que no Tracker.

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Trata-se de uma evolução dele, com laterais de portas específicas para a picape e texturizadas, ao passo que a boa ergonomia é garantida pela coluna de direção amplamente regulável em altura e profundidade, pelos comandos posicionados à mão, pelos vidros elétricos com função um toque para subida e descida e pela entrada e partida sem chave.

Já o quadro de instrumentos ainda é analógico, e está incorporado por uma moldura à central multimídia – um estilo já visto em muitos modelos no exterior, e que, futuramente, estará em outros modelos da Chevrolet.

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Os bancos dianteiros têm bom suporte e o espaço traseiro é bom,
mas não tão amplo quanto indicaria o entre-eixos

Em termos de espaço, quem viaja atrás acomoda muito bem as pernas e os joelhos, graças aos bons 2,80 m de entre-eixos – bem mais que no Tracker (2,580 m) e na Fiat Strada (2,737 m), porém bem menos que na Fiat Toro (2,990 m) e quase o mesmo que na Renault Oroch (2,829 m).

O mais importante é que a inclinação do encosto do banco traseiro é boa, e os passageiros não cansam mesmo em longos trajetos. Ainda há duas tomadas USB lá atrás (e duas na frente), além de uma tradicional tomada 12V.

Agora, quando o assunto é picape, a caçamba é um fator decisivo. E a da Nova Chevrolet Montana comporta 874 litros ou 600 quilos (637 quilos na versão manual), além de ter oito ganchos de amarração e iluminação dos dois lados.

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Para melhor utilização da caçamba, a marca lançou uma série de acessórios que ajuda a organizar tudo. A capota marítima é item de série e veda muito bem. A capacidade de carga é para 874 litros ou 600 quilos nas versões automáticas

A tampa tem baixo peso, e por isso pode ser manuseada apenas com uma mão – e ainda há divisórias, uma solução que possibilita transportar objetos de uma forma mais prática, como se fosse um porta-malas de verdade (ao todo, são oferecidos mais de 20 acessórios para facilitar a organização).

Como anda?

O conjunto mecânico da Montana foi calibrado especificamente para a picape, resultando em 133 cv de potência e 210 Nm (21,4 kgfm) de torque, quando abastecido com etanol.

Com 1.310 quilos de peso em ordem de marcha, isso resulta em uma relação peso-potência de 9,84 kg/cv, o suficiente para que a versão Premier vá da imobilidade aos 100 km/h em bons 10,1 segundos, segundo a marca.

Este nosso primeiro contato com a nova picape contemplou um longo test-drive, que passou por diferentes tipos de pisos, incluindo a belíssima Estrada da Graciosa, que liga Curitiba (PR) às cidades de Antonina e Morretes.

Logo de cara, ficou bastante evidente a boa disposição da Montana, que responde com muita eficiência às solicitações feitas pelo pedal do acelerador.

O motor três cilindros 1.2 turbo acorda logo cedo, com um bem discreto turbo lag (o famoso atraso antes de o turbocompressor “pegar pra valer”) e as reações são muito espertas desde os giros mais baixos.

Esse comportamento é auxiliado pelo eficiente trabalho da caixa automática de seis velocidades, e, nas retomadas, ela não segura demais as marchas para ganhar velocidade novamente.

Há, ainda, a opção de fazer trocas sequenciais, mas, como no resto da família, ainda pelo nada prático botão na lateral da alavanca seletora, e só após mudar a alavanca de D para M, o que torna essa tarefa mais lenta do que nos modelos com aletas – que, normalmente, permitem fazer interferências a qualquer hora.

Já a direção é muito rápida e tem uma assistência elétrica bastante leve ao esterço, enquanto os pneus Michelin Primacy 4 rodam quietos no asfalto, ajudando na tarefa de aumentar os níveis de conforto de rodagem.

Aliás, as suspensões filtram e absorvem muito bem as irregularidades dos pisos, e o conjunto traseiro, que usa um batente duplo, é um ponto alto, sem transmitir aquele incômodo e tradicional “pula-pula” das picapes médias, que costumam acontecer quando estão sem carga.

Nas curvas contornadas mais rapidamente, a inclinação da carroceria é baixa, ao passo que o raio de giro de 11,5 m auxilia na tarefa de manobrar em locais apertados, como nas vagas de prédios.

Também agradam o tamanho dos retrovisores, que garantem uma boa visibilidade (ainda há um sensor de pontos cegos), assim como os ângulos de entrada de 20,7º, e de saída, de 25º. Embora muitos possam reclamar dos freios traseiros a tambor, o conjunto garante frenagens eficientes.

Andando a 100 km/h constantes, a agulha do conta-giros fica um pouco abaixo de 2.000 rpm. Os dados oficiais do PBEV-Inmetro apontam um consumo urbano médio de 7,7 km/l e rodoviário de 9,3 km/l com etanol, enquanto, quando abastecida com gasolina, a Montana faz 9,3 km/l e 13,3 km/l, respectivamente. São números muito bons, considerando a aerodinâmica nada favorável.

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De picapinha, ela passou a ser uma “intermediária”, no mercado aberto pela Fiat Toro – e outras rivais vão chegar em breve

A novidade, enfim, chega com qualidades para conquistar os picapeiros de plantão e disputar com Fiat e Renault os consumidores que desejam uma picape mais confortável, compacta e econômica que as médias tradicionais, que são construídas sobre chassi. Bem posicionada e gostosa de guiar, certamente dará trabalho para a concorrência.

Chevrolet Montana Premier 1.2T

Preço básico R$ 116.890
Carro avaliado R$ 140.490

Motor: três cilindros em linha 1.2, 12V, duplo comando de válvulas com variação na admissão e no escape, injeção direta, turbo
Cilindrada: 1.199 cm3
Combustível: flex
Potência: 132 cv (g) e 133 cv (e) a 5.500 rpm
Torque: 190 Nm (g) e 210 Nm (e) de 2.000 a 4.500 rpm
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: discos ventilados (d) e tambores (t)
Tração: dianteira
Dimensões:4,717 m (c), 1,798 m (l), 1,659 m (a)
Entre-eixos: 2,800 m
Pneus: 215/55 R17
Caçamba: 874 litros
Tanque: 44 litros
Peso: 1.310 kg
0-100 km/h: 12s (e)
Velocidade máxima: 180 km/h (e)
Consumo cidade: 11,1 km/l (g) e 7,7 km/l (e)
Consumo estrada: 13,3 km/l (g) e 9,3 km/l (e)
Emissão de CO2: 111g/km
Consumo nota: b com etanol = 0 g/km
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria: B (Picape Compacta)

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Essa era a Montana anterior: bem menor, tinha a dianteira do fracassado Agile, do qual era derivada. Tinha apenas opção de cabine estendida, sempre para

AVALIAÇÃO
Motor 3.5
Câmbio 3.5
Desempenho 3
Consumo 4
Segurança 4.5
Equipamentos 2
Multimídia 4.5
Conforto 4
Porta-malas 3
Prazer ao dirigir 3.5

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