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Avaliação: Mercedes-AMG E 43 é um sedã esportivo na medida

Nem oito, nem oitenta: o Mercedes-AMG E 43 4Matic não tem o desempenho assustador do E 63, mas está longe de ser pacato como o E 250. Equilibrada, é a melhor versão do Classe E

Mercedes-AMG E 43 4Matic

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Divulgação

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Até há pouco, na hora de comprar um Classe E no Brasil era preciso escolher entre o “básico” Mercedes-Benz E 250 ou o “top” Mercedes-AMG E 63 S. O primeiro custa R$ 319.900, o segundo R$ 742.900. O primeiro tem 211 cv, o segundo 612. Uma coisa bem “oito ou oitenta”. Mas agora a Mercedes decidiu “tirar a média” com esse E 43 que avaliamos aqui. É o Classe E na medida certa.

Por R$ 524.900, o preço é quase a média exata entre o do E 250 e do E 63. Com 401 cv, a potência também é quase a média exata (sem contar que 43 é quase a média entre 8 e 80). Versão apimentada – no motor, no acerto e no visual – do Mercedes-Benz E 400 que não é vendido no Brasil, o E 43 é um legítimo AMG (divisão de esportivos da marca). Mas há quem diga que é um AMG “nutella”, pois o motor não é “artesanal”, não segue a tradicional filosofia “one man, one engine”, não vem com a assinatura do engenheiro. Será mesmo?

Bem… devo dizer que não. De “nutella” esse E 43 não tem nada. Aliás, fica devendo pouco até para o E 63 AMG “raiz” de poucos anos atrás. Seu V6 biturbo, que no E 400 tem 333 cv, vai a 401 cv, com torque de 53,7 kgfm a 2.500 rpm – que resulta em uma aceleração de 0-100 km/h em 4s6. Como usa duas turbinas juntas ao bloco, o lag é bastante discreto (há outros truques envolvidos, como marcha lenta mais acelerada e desativação de cilindros). Uma “desvantagem” é que o câmbio de nove marchas é um automático tradicional, enquanto os AMG “raíz” usam o MCT (multidiscos). Mas a maioria dos mortais mal percebe a diferença: a caixa é rápida, tem modo manual que não interfere nunca (borboletas de metal!) e no Sport e Sport+ dá pipocos e trancos nas trocas (double declutching).

Para uma dinâmica mais esportiva, a tração integral privilegia o eixo traseiro (31:69). Além disso, o E 43 tem suspensões multibraços recalibradas e com amortecedores ajustáveis. A direção de relação variável é extremamente rápida e comunicativa, além de precisa, e ganha peso na medida certa nos modos esportivos. O único problema é que o sedã tem 4,94 m de comprimento (e 2,94 m de entre-eixos!) e pesa 1.840 kg. O que não ajuda em uma estrada sinuosa quando se erra o pé: nesse caso um Classe C tem porte mais adequado.

Mercedes-AMG E 43 4Matic – Equipamentos

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DivulgaçãoAjustes dos sistemas semi-autônomos

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DivulgaçãoAletas

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DivulgaçãoControles dos modos de direção, câmbio e amortecedores

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DivulgaçãoAlgumas opções do cluster digital (acima e próxima foto)

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DivulgaçãoAjustes do banco (na porta)

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DivulgaçãoTela central mostrando o uso de torque e potência

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DivulgaçãoOs cintos de segurança são vermelhos também no banco de trás, onde sobra espaço

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Divulgação O porta-malas tem boa seu parte do espaço roubado pelo estepe (de uso temporário)

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Caso interesse, o E 43 também é um bom familiar. No modo Eco faz 12 km/l na estrada “velejando” (desacopla o câmbio ao tirar o pé do acelerador) e tem tanque maior para preservar a autonomia em uma condução esportiva (quando gasta o dobro). O interior é espaçoso e tem acabamento soberbo, com toques como assentos esportivos e cintos vermelhos… Ainda tem ar quadrizona e som Burmeister, além de cluster digital com enormes telas configuráveis. No dia-a-dia, a frente se eleva para não raspar em rampas e valetas, mas as suspensões roubam conforto e há um estepe no porta-malas (conflito com nossa legislação; na Europa há kit de reparo).

Ah, e o sistema semi-autônomo da Mercedes é incrível. Além de estacionar “mais sozinho” que os outros (você nem mesmo precisa frear, acelerar ou trocar as marchas; é só esperar que ele faz tudo), o E 43 assume totalmente a direção em congestionamentos na cidade ou na estrada – onde rodei 22 km sem fazer nada além de encostar um dedo no volante de vez em quando (quando não o fiz, soou um alarme, ligou o pisca alerta e começou a parar o carro progressivamente, em linha reta).

Para “selar”, o visual é arrebatador: além dos logos AMG, a grade dianteira diamantada com pinos cromados é característica dos modelos da divisão, também responsável pelas rodas pretas aro 20. Atrás, ainda há saída de escape quádrupla e difusor de ar. Sim, o E 43 já é mais que suficiente, a não ser que você queira bater seu recorde pessoal no track day – aí você vai precisar do E 63. Não é assustador, mas ainda é brutal – o que de certa forma pode resultar em mais prazer (e menos medo)ao volante. É o Classe E “na medida”.

Ficha técnica:

Mercedes-AMG E 43 4MATIC

Preço básico: R$ 524.900
Carro avaliado: R$ 524.900
Motor: 6 cilindros em V 3.0, 24V, duplo comando variável, injeção direta, biturbo, start-stop
Cilindrada: 2996 cm³
Combustível: gasolina
Potência: 401 cv a 6.100 rpm
Torque: 53,7 kgfm de 2.500 a 5.000 rpm
Câmbio: automático sequencial, nove marchas
Direção: elétrica
Suspensões: multi-link (d/t)
Freios: disco ventilado (d/t)
Tração: integral
Dimensões: 4,942 m (c), 1,852 m (l), 1,447 m (a)
Entre-eixos: 2,939 m
Pneus: 245/35 R20 (d) e 275/30 R20 (t)
Porta-malas: 540 litros
Tanque: 66 litros
Peso: 1.840 kg
0-100 km/h: 4s6
Velocidade máxima: 250 km/h (limitada)
Consumo cidade: 7,3 km/l
Consumo estrada: 9,8 km/l
Emissão de CO²: 167 g/km
Nota do Inmetro: D
Classificação na categoria: D (Extra-Grande)

AVALIAÇÃO
Motor 5
Câmbio 5
Desempenho 4
Consumo 2
Segurança 5
Equipamentos 5
Multimídia 4.5
Conforto 4
Porta-malas 4.5
Prazer ao dirigir 5

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