Avaliação: JAC T50 evolui com revolução interna

A reestilização do SUV chinês JAC T50, antes chamado de T5, acompanha um inédito motor 1.6 e um novíssimo interior para desafiar Honda HR-V e cia

JAC T50

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JAC T50 (Divulgação)

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Divulgação

Quando o JAC T5 chegou, era o melhor chinês do Brasil. Mas seus rivais evoluíram, as exigências do cliente aumentaram e a própria JAC lançou o crossover T40, melhor que o T5 na mecânica e na dinâmica. Agora, o T5 virou T50. E não muda só o nome: ganha atualização visual – discreta por fora, substancial por dentro – e nova mecânica. O JAC T50 chega por R$ 83.990, no Pack 2, ou R$ 87.990 no Pack 3 (ainda não há Pack 1). Por fora, foi um belo facelift: são novos os faróis, a grade, os para-choques, as lanternas, a tampa traseira, as rodas… O resultado não é tão “redondo” como o T40, mas tem personalidade. O T50 é 5 cm maior que um Honda HR-V no comprimento, porém 5 cm menor no entre-eixos. Acomoda quatro adultos e uma criança com suas bagagens – mas os 600 litros declarados são até o teto; até a tampa deve ter menos de 400.

O interior do T5 ficava dentro da média geral – e acima da dos chineses. Ainda assim, foi renovado. “Só ficaram maçanetas e acendedor de cigarros”, diz Sergio Habib, que representa a marca. De fato ele impressiona para a categoria. O acabamento é bom e o desenho é agradável, com saídas de ar e botões que lembram os BMW e tela “flutuante”. O T50 básico já tem ar automático, chave presencial, ESP, auxílio em subidas, sensores de estacionamento, couro, rodas aro 16, volante multifuncional… O Pack 3 soma câmera frontal (filma tudo), visão 360o, rebatimento elétrico de retrovisores, faróis automáticos, DRLs, piloto automático e central multimídia de 8” com Mirror Link – mas sem Android Auto e Apple CarPlay.

O agora mais confortável banco do motorista conta com ampla regulagem de altura, mas falta ajuste de profundidade da direção, que melhoraria a ergonomia ruim. O volante, de boa pegada, é leve e agradável no uso urbano. Na estrada, porém, podia ser mais firme e preciso. Já as novas suspensões, se não transmitem a robustez de um Duster, trabalham em silêncio e filtram bem a maior parte dos defeitos do asfalto.

JAC T50 – Equipamentos

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DivulgaçãoO painel usa plásticos que imitam cromado e cobertura sintética para agradar ao visual. Já a tela central “flutuante” segue a tendência, exibindo o sistema multimídia mediano

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DivulgaçãoPainel de instrumentos agrada

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DivulgaçãoAlavanca de câmbio agrada

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DivulgaçãoEspaço e porta-malas (próxima foto) ficam na média

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O problema está na mecânica, agora sempre com a transmissão CVT de seis marchas simuladas – a mesma do T5. Ligada ao motor 1.5 16V, era apenas aceitável (por isso elogiamos mais o T5 manual). Já no T40, ligada a esse 1.6 16V, formou um conjunto melhor. Aqui no T50, porém, a troca de motor não compensou. Além de não ser flex, o 1.6 não trouxe vantagem no consumo. Mesmo com start-stop, o urbano foi de 11,5 para 11,3 km/l e o rodoviário, de 11,4 para 11,5 km/l – dado ruim, que se deve em parte à relação de transmissão que mantém o motor a altos 3.000 rpm a 120 km/h.

A marca declara 0-100 km/h em 11,3 segundos, um número que nos pareceu demasiadamente otimista e não pôde ser comprovado no rápido test-drive. Diferentemente dos rivais, o T50 só simula marchas no modo manual – com trocas na alavanca. No normal, é um CVT entediante como sempre – mas pior, com respostas mais lentas, exigindo ultrapassagens muito bem planejadas. Já na cidade o câmbio patina pouco nas saídas, e é mais fácil conviver com a mecânica.

Vale a pena? O mercado de SUVs de R$ 80.000 a R$ 110.000 é bastante disputado. O preço do T50 não é uma pechincha, mas ele oferece mais do que alguns rivais mais caros. Enquanto a mecânica não estiver mais bem acertada, porém, as exigências em relação a desempenho, consumo e prazer ao volante têm que ser baixas.

Ficha técnica:

JAC T50 CVT

Preço básico: R$ 83.990
Carro avaliado: R$ 87.990
Motor: 4 cilindros em linha 1.6, 16V, duplo comando variável, start-stop
Cilindrada: 1590 cm³
Combustível: gasolina
Potência: 138 cv a 6.000 rpm
Torque: 17,1 kgfm a 4.000 rpm
Câmbio: automático CVT, modos Sport e sequencial com seis marchas simuladas
Direção: elétrica
Suspensões: McPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,345 m (c), 1,765 m (l), 1,640 m (a)
Entre-eixos: 2,560 m
Pneus: 205/55 R16
Porta-malas: 600 litros (até teto, SAE) – estimado 400 litros até tampa
Tanque: 42 litros
Peso: 1.220 kg
0-100 km/h: 11s3
Velocidade máxima: 198 km/h
Consumo cidade: 11,3 km/l
Consumo estrada: 11,5 km/l
Emissão de CO²: 117 g/km
Nota do Inmetro: C
Classificação na categoria: C (utilitário esportivo compacto)

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