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Avaliação: Honda HR-V Touring entra na era turbo

O SUV compacto da Honda é eficiente ao volante e rápida nas respostas, mas cobra muito caro por isso

Honda HR-V Touring

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Divulgação

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“A revolução na sua garagem”, dizia o slogan publicitário à época do lançamento do HR-V. Após quatro anos de mercado e mais de 186.000 unidades comercializadas, o crossover da Honda se tornou o carro mais vendido do fabricante. Ao longo de 2018, segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), foram 47.950 veículos emplacados – Fit e Civic tiveram 27.359 e 25.942 unidades vendidas, respectivamente.

Amplo, versátil e bom de guiar, não por acaso caiu nas graças dos consumidores. E, para manter a trajetória de sucesso, no ano passado recebeu o primeiro facelift, com alterações além da estética, no conforto e no conteúdo, além de uma nova calibração do câmbio CVT (continuamente variável) e novos amortecedores com “stop hidráulico”, que evitam as criticadas batidas secas em buracos. Apesar disso, faltava a configuração topo de linha Touring, que apareceu em 2017 e depois saiu de cena.

Se o antigo HR-V tinha o mesmo 18 do resto da linha, o novo honra o nome e adota o motor 1.5 turbo – mas custa R$ 139.900, que o deixou mais caro que o sedã Civic Touring (R$ 128.900), além de o colocar na faixa de modelos de segmentos superiores, como o VW Tiguan Allspace 250 TSI (R$ 129.990) ou o Peugeot 3008 (confira abaixo). Para tentar compensar o valor cobrado, oferece faróis e luzes de neblina full-LED, sensores de chuva e de estacionamento dianteiro/traseiro, câmera de ré com três modos, chave presencial, teto panorâmico, multimídia com Android Auto/Apple CarPlay e LaneWatch, que usa uma câmera para mostrar imagens do ponto cego do retrovisor direito na tela do sistema multimídia.

Visualmente, o Touring se diferencia dos irmãos por pequenos detalhes como a antena shark, a grade com acabamentos em preto brilhante, o logotipo na tampa do porta-malas e a dupla saída de escape. Essa modificação levou o abafador intermediário para a direita e diminuiu o porta-malas de 437 litros para 393 litros devido à área do estepe ter sido redesenhada. Falando em medidas, a altura cresceu de 1,586 m para 1,650 m devido à nova antena.

O interior pode ser escuro ou claro – mas esse pede cuidado extra para não ficar encardido. O revestimento pode vir nas cores branca Estelar, cinza Barium e azul Cósmico. Outro requinte do Touring está na iluminação da cabine com LEDs. Mesmo custando tão caro, essa versão do HR-V não inclui o Honda Sensing, presente no sedã Accord, com sistemas de piloto automático adaptativo, assistente de faixa, frenagem para mitigação de colisão e de controle de saída de pista.

TURBINADO E EFICIENTE

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Seguindo os passos do Chevrolet Tracker (R$ 92.590 a R$ 106.290) e do VW T-Cross (R$ 84.990 a R$ 109.990), o HR-V Touring tomou emprestado o conjunto turbinado do Civic Touring. Trata-se do 1.5 turbo com injeção direita de gasolina e variação de fase nos comandos de admissão e escape. Como no sedã, estão disponíveis 173 cv a 5.500 rpm e 22,5 kgfm de 1.700 a 5.500 rpm. As demais versões da família continuam equipadas com o 1.8 flex aspirado de até 140 cv e 17,4 kgfm.

Com a turbina trabalhando com pressão de 1,1 bar, o HR-V agrada logo de cara pelas acelerações vigorosas e pelas arrancadas eficientes. A boa dose de força disponível a partir de baixos giros fazem o Honda deslanchar sem esforços, transmitindo um tempero apimentado e esportivo – seja partindo da imobilidade ou já embalado. Quem deseja uma pitada extra de esportividade pode fazer trocas pelas aletas no volante – nesse caso o câmbio simula sete marchas. A função Kick Down foi incorporada e é responsável por retomadas mais eficientes ao pisar fundo no acelerador. Outra novidade é o freio motor da transmissão CVT aprimorado, que contribuiu para frenagens eficientes.

O crossover não impressiona apenas pela capacidade de andar para a frente, mas também pela dinâmica apurada. As suspensões foram aperfeiçoadas: segundo o fabricante, têm novas cargas nas molas e amortecedores e barra estabilizadora dianteira 1 mm maior. Ligeiramente mais firme comparado aos demais membros da família, o HR-V Touring mostrou ótima capacidade de mudanças de trajetória, além de transmitir bastante controle e equilíbrio. A tecnologia Agile Handling Assist (AHA) simula uma vetorização de torque (é eletrônica) usando os freios para balancear a diferença de velocidade entre as rodas, minimizando a tendência de o veículo sair de frente.

Um bom carro de modo geral, mas com um preço que poderia ser mais acessível. Pode continuar sendo uma das melhores opções à venda em nosso mercado, mas já faz começar a pensar em outras opções…

CONCORRENTES

Peugeot 3008 Allure (R$ 139.990)

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Motor: 1.6 gasolina, turbo, 16V, 165 cv, 24,4 kgfm
0-100 km/h: 9s5
Consumo médio: 10,7 km/l*
Dimensões (CxLxA): 4,447 m, 1,841 m, 1,625 m
Entre-eixos/ vão livre do solo: 2,675 mm/ 22,6 cm
Porta-malas: 520 litros
Peso: 1.375 kg

A nova configuração do crossover da Peugeot estreou recentemente com visual mais simples em relação às mais caras Griffe e Griffe Pack. O interior segue seduzindo pelo ótimo acabamento e escolha de materiais, além de oferecer maiores dimensões que o Honda HR-V. No entanto, o também turbinado motor 1.6, em conjunto com o câmbio automático de seis marchas, produz desempenho tão bom quanto apesar da potência menor.
* Com base na versão Griffe

Volkswagen Tiguan Allspace 250 TSI (R$ 128.990)

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Roberto Assunção

Motor: 1.4 flex, turbo, 16V, 150 cv (g/e), 25,5 kgfm (g/e)
0-100 km/h: 9s5 (e)
Consumo médio: 10,8 km/l (g) e 7,3 km/l (e)
Dimensões (CxLxA): 4,701 m, 1,839 m, 1,658 m
Entre-eixos/ vão livre do solo: 2,790 m/ 21,6 cm
Porta-malas: 710 litros
Peso: 1.562 kg

Montado sobre moderna a plataforma modular MQB, o novato Tiguan na versão de cinco lugares oferece amplo espaço, com destaque para o porta-malas, o maior entre os rivais aqui citados. Outra vantagem é sua relação peso-potência de 10,4 kg/cv, a melhor entre os crossovers desta lista – só para comparar, no Honda são 7,9 kg/cv. Há ainda opção de sete lugares, a partir da configuração Comfortline, partindo de R$ 149.990.

Jeep Renegade Trailhawk (R$ 139.990)

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Motor: 2.0 diesel, 16V, 170 cv, 35,7 kgfm
0-100 km/h: 9s9
Consumo médio: 10,3 km/l
Dimensões (CxLxA): 4,232 m, 1,805 m, 1,714 m
Entre-eixos/ vão livre do solo: 2,570 m/ 21,6 cm
Porta-malas: 273 litros
Peso: 1.674 kg

Verdadeiro utilitário esportivo, o Renegade Trailhawk utiliza motor diesel e entrega capacidades off-road, trazendo tração 4×4 e seletor de terreno. Não é dos maiores, mas compensa pela valentia no fora de estrada, com maiores ângulos de entrada (30º) e saída (33º). Para comparar, no Honda, são 20,1º e 29,7º, respectivamente. Também oferece melhor autonomia em função do combustível, ideal para aqueles que percorrem longas distâncias.

FICHA TÉCNICA

Honda HR-V Touring

Preço básico: R$ 139.900
Carro avaliado: R$ 139.900
Motor: quatro cilindros em linha 1.5,16V, turbo, injeção direta
Cilindrada: 1498 cm3
Combustível: gasolina
Potência: 173 cv a 5.500 rpm
Torque: 22,4 kgfm entre 1.700 e 5.500 rpm
Câmbio: CVT, sete marchas simuladas
Direção: elétrica
Suspensão: MacPherson (d) e eixo de torção (t)
Freios: discos ventilados (d) e discos sólidos (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,329 m (c), 1,772 m (l), 1,650 m (a)
Entre-eixos: 2,610 m
Pneus: 215/55 R17
Porta-malas: 393 litros
Tanque: 51 litros
Peso: 1.380 kg
0-100 km/h: 8s9
Velocidade máxima: 210 km/h
Consumo cidade: 11,5 km/l*  
Consumo estrada: 14,6 km/l*
Emissão de CO2: 103 g/km*
Com etanol: Zero
Nota do Inmetro: B*
Classificação na categoria: B (Utilitário Esportivo Compacto)*
*estimado

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