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Honda Civic

Avaliação: Honda Civic Si é um japonês apimentado

A mais nova geração do Civic Si chegou com uma dose extra de potência e esportividade para saciar a sede dos fãs de carros japoneses com grande desempenho

Honda Civic Si

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Caio Mattos

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Caio MattosCom a carroceria cupê e um belo aerofólio traseiro, o Civic Si ficou ainda mais bonito do que o Civic sedã, com destaque para a ponteira de escapamento

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Caio MattosO Civic Si é perfeito para quem gosta de se divertir numa pista nos track days

Lá pelos anos 60 ou 70, falar em automóveis japoneses era uma curiosidade, sempre carregada de uma boa dose de preconceito e desconfiança. Foi nesse clima que surgiu o Honda Civic, mais precisamente em 1972, um carrinho compacto de linhas tradicionais. O destino do modelo, no entanto, o levaria a um caminho especial, marcado pela tecnologia e pelo desempenho superior. Foi em 1992, com a reabertura das importações no Brasil, que nós conhecemos a quinta geração do Honda Civic, cuja versão esportiva, VTi, se destacava justamente pela tecnologia e pelo desempenho. Naquela época, um motor 1.6 aspirado com 160 cavalos de potência era tudo o que se queria de um pequeno esportivo.

A tradição da versão esportiva do Honda continua, agora com muitas novidades. A nova geração do esportivo Si, que desde a geração anterior ostenta aqui no Brasil uma belíssima carroceria cupê de duas portas, trocou o motor 2.4 aspirado de quatro cilindros e 206 cv pelo novo motor 1.5 turbo de injeção direta, também de quatro cilindros, mas com potência de 208 cv – mantendo o câmbio manual de seis marchas. A maior novidade, entretanto, está na nova estrutura mais leve e mais rígida, com componentes de suspensão e direção bastante evoluídos. A terceira geração do Si, a primeira com motor turbo, é importada do Canadá.

O novo motor é produzido nos Estados Unidos, e é o mesmo que equipa o comportado (mas nem tanto) Honda Civic Touring nacional – só que com turbo maior e com maior pressão, o que resulta nos 35 cv a mais de potência e no torque 20% superior. Com injeção direta e duplo comando de válvulas variável VTC, o maior torque surge antes, porém ele não é tão elástico quanto o anterior, e as marchas devem ser trocadas mais cedo.

O chassi do novo Civic Si é mais rígido que o anterior, seu sistema de direção elétrica é adaptativo de duplo pinhão, com relação variável, o diferencial tem deslizamento limitado e as suspensões têm acertos esportivos, com molas mais firmes e amortecedores adaptativos. A dianteira MacPherson tem barra estabilizadora 30% mais rígida e a traseira, 60% mais rígida, tem braços oriundos da versão ainda mais esportiva do Honda Civic, o Type R (não disponível no Brasil).

Honda Civic Si – Equipamentos

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Caio MattosO interior do novo Civic Si é preto com alguns detalhes em vermelho, como no quadro de instrumentros que tem até cronômetro (próxima foto), na alavanca de câmbio e nos bancos (fotos a seguir)

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Caio MattosHá conectividade com Android e Apple

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A Honda apresenta seu novo carro como uma experiência superior em estradas e pistas fechadas, e todas essas melhorias no esportivo justificam essa posição, que resultaram em um desempenho excepcional. Sendo um automóvel projetado e construído para entusiastas, ele deveria mesmo oferecer uma dinâmica diferenciada. Para isso, há dois modos de condução, comandados por uma tecla no console do veículo. Na posição Normal, o veículo pode ser conduzido com mais conforto enquanto na Sport os amortecedores trabalham com mais carga, a resposta do acelerador é mais rápida e a direção elétrica tem sua assistência reduzida, possibilitando maior sensibilidade na pista.

Toda essa teoria, passada na apresentação do carro, pôde ser comprovada na pista, em um test-drive bastante rápido e elucidativo no circuito Velo Città, no interior de São Paulo. A aptidão do modelo ficou mais que justificada nas voltas rápidas, feitas com extrema precisão e facilidade de pilotagem. Mesmo andando muito próximo do limite, o carro teve comportamento praticamente neutro nas curvas e exigiu pouquíssimo esforço do piloto. Com as melhorias de chassi, direção e suspensões, e ainda um entre-eixos 80 mm mais longo, o novo Civic Si está muito mais rápido e estável que a geração anterior. A posição de pilotagem, com bancos do tipo concha muito bons e engates curtos e precisos no câmbio, era a ideal.

Visualmente, o Civic Si tem muito presença. Sua carroceria de duas portas aumenta a esportividade e a exclusividade, diferenciando-o da versão “civil” de quatro portas. A grade preta frontal, o aerofólio traseiro e as rodas de 18 polegadas, com pneus de 235 mm de largura de perfil baixo, reforçam esse visual. Um detalhe interessante é o escapamento central, desde o motor até a saída traseira, com ponteira trapezoidal. O interior todo preto, não conta com nenhum destaque visual, mas tem detalhes como as costuras vermelhas e a iluminação vermelha do painel de TFT. Os sistemas de conectividade do Civic contam com o Apple CarPlay e o Android Auto, com tela sensível ao toque de 7” e áudio de dez alto-
falantes de 450 watts. O freio de estacionamento é eletrônico.

O restrito público a que se destina esse novo Si certamente vai aprovar as mudanças, uma vez que o esportivo cumpre bem o seu papel social e visual e ainda permite bastante diversão em track days em pistas fechadas, uma modalidade que está muito difundida nos dias de hoje. Ao mesmo tempo, ele é um veículo que pode ser utilizado sem grandes restrições no dia a dia, obviamente não esquecendo que o acesso ao banco traseiro é muito mais difícil do que na versão com quatro portas. O novo Honda Civic Si custa R$ 159.900 em versão única e já está disponível na rede da marca, só que em um primeiro lote de apenas 60 unidades. As cores disponíveis são vermelho, azul metálico, branco perolizado e preto perolizado.

Ficha técnica:

Honda Civic Si

Preço básico: R$ 159.900
Carro avaliado: R$ 159.900
Motor: 4 cilindros em linha 1.5, turbo, 16V, duplo comando variável, injeção direta
Cilindrada: 1498 cm³
Combustível: gasolina
Potência: 208 cv a 5.700 rpm
Torque: 26,5kgfm de 2.100 a 5.000 rpm
Câmbio: manual, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e multilink (t)
Freios: disco ventilado (d) e disco sólido (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,522 m (c), 1,799 m (l), 1,421 m (a)
Entre-eixos: 2,700 m
Pneus: 235/40 R18
Porta-malas: 334 litros
Tanque: 46,9 litros
Peso: 1.321 kg
0-100 km/h: 6s7
Vel. máxima: n/d
Consumo cidade: 11,2 km/l
Consumo estrada: 13,7 km/l
Emissão de CO²: 110 g/km
Nota do Inmetro: B
Classificação na categoria: A (Grande)

AVALIAÇÃO
Motor 2.5
Câmbio 2.5
Desempenho 5
Consumo 3
Segurança 4
Equipamentos 2
Multimídia 4.5
Conforto 4
Porta-malas 3.5
Prazer ao dirigir 4.5

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