A nova Chevrolet Montana evoluiu da água para o vinho desde a parte técnica aos conteúdos. Uma mudança de hábito comparada ao modelo antecessor
Foto: Roberto Assunção
Nova Chevrolet Montana Premier – Externas
O que muda no interior?
Embora menor nas proporções frente a Fiat Toro, a picape monobloco da Chevrolet não descuida em ofertar comodidade aos até cinco ocupantes. Fato é, que os materiais empregados ao acabamento evoluíram aos empregados ao Tracker.
O habitáculo mostra as laterais de portas exclusivas e texturizadas, assim como a partida por botão, a coluna de direção regulável em altura/profundidade e o multimídia MyLink de 8” com Apple CarPlay/Android Auto integrado ao quadro de instrumentos analógico por uma moldura.
Estão disponíveis 874 litros de capacidade volumétrica e de carga de 637 quilos (MT turbo), de 628 quilos (LT Turbo) e de 600 litros na LTZ quanto na avaliada Premier. A leveza de operação permite abrir/fechar a tampa da caçamba com apenas uma mão e dentro do compartimento de cargas aparecem oito ganchos de amarração e iluminação dos dois lados. Uma boa sacada para organizar o transporte de cargas está nas divisórias que transformam a caçamba em um porta-malas – o sistema Multiboard cobra R$ 2.990 extras.
A unidade avaliada não estava equipada com as divisórias Multiboard, mas sim com a capota rígida elétrica do fornecedor Keko (Foto: Roberto Assunção)
Propulsor 1.2 T para toda a família
A gama da nova Chevrolet Montana oferece unicamente a mecânica de três cilindros 1.2 turbinada casada aos câmbios manual ou automático, ambos de seis velocidades. Vindo do Tracker, o time de engenharia efetuou uma calibração específica para a unidade presente na nova Chevrolet Montana.
Estão disponíveis até 133 cv de potência e 210 Nm de torque, quando abastecida com etanol, que garantem fôlego e disposição ao utilitário, sendo capaz de partir da imobilidade aos 100 km/h na casa dos dez segundos.
Não apenas isso, pois o câmbio automático de seis marchas é eficiente nas trocas/reduções cooperando no desempenho. Entretanto, as trocas sequenciais são feitas por um botão na lateral da alavanca seletora. Poderia ter as práticas borboletas atrás do volante, o que ajudaria na velocidade de operação.
A direção assistida eletricamente é rápida ao esterço e conectada ao asfalto evidenciando a experiência de condução. Indo na estrada a 100 km/h, a agulha do conta-giros marca 2.000 rpm contribuindo no conforto acústico e a nova Chevrolet Montana não sofre de ruídos aerodinâmicos tampouco o barulho da rolagem dos pneus sobre o asfalto invade a cabine.
Outra qualidade está na calibração das suspensões e o conjunto traseiro emprega duplo batente garantindo conforto e uma boa dinâmica. Sem transmitir o “pula-pula” ao trafegar descarregada, a nova Chevrolet Montana transmite a sensação de estarmos a bordo de um SUV, seja pela forma que filtra/absorve as irregularidades do piso quanto contorna muito bem as curvas.
Os freios usam discos ventilados no eixo frontal e tambores atrás. Apesar de muitos criticarem, eles asseguram frenagens eficientes e estão dimensionados para o desempenho da picape.
O diâmetro de giro de 11,5 m permite manobrar com facilidade em locais apertados ou em vagas de prédio e os retrovisores externos asseguram uma ótima visibilidade e trazem integrado o alerta de pontos cegos.
A nova Chevrolet Montana é uma picape agradável de conduzir e com qualidades para seduzir os picapeiros. Segundo a Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores), ela conquistou 3.988 unidades emplacadas, em março deste ano, e já ficou à frente da Renault Oroch, a qual encerrou o mesmo período com 1.208 veículos licenciados – as Fiat Toro e a Strada somaram 5.607 e 9.935, respectivamente.
Será uma questão de tempo para a nova Chevrolet Montana superar a Fiat Strada? Iremos conferir nas cenas dos próximos capítulos.
FICHA TÉCNICA
CHEVROLET MONTANA PREMIER 1.2T
Preço básico: R$ 118.690
Carro avaliado: R$ 142.590
Chevrolet Montana Premier
Motor: três cilindros em linha 1.2, 12V, duplo comando de válvulas com variação na admissão e no escape, turbo
Cilindrada: 1199 cm3
Combustível: flex
Potência: 132 cv (g) e 133 cv (e) a 5.500 rpm
Torque: 190 Nm (g) e 210 Nm (e) de 2.000 a 4.500 rpm
Câmbio: automático sequencial, seis marchas
Direção: elétrica
Suspensões: MacPherson (d) e eixo de torção com duplo batente (t)
Freios: discos ventilados (d) e tambores (t)
Tração: dianteira
Dimensões: 4,717 m (c), 1,798 m (l), 1,659 m (a)
Entre-eixos: 2,800 m
Pneus: 215/55 R17
Caçamba: 874 litros
Tanque: 44 litros
Peso: 1.310 kg
0-100 km/h: 10s1 (e)
Vel. máxima: 160 km/h (e)
Consumo cidade: 11,1 km/l (g) e 7,7 km/l (e)
Consumo estrada: 13,3 km/l (g) e 9,3 km/l (e)
Emissão de CO2: 111 g/km
Nota do Inmetro: C
Class. na categoria: B (Picape Compacta)
AVALIAÇÃO | |
Motor | 3.5 |
Câmbio | 3.5 |
Desempenho | 3 |
Consumo | 4 |
Segurança | 4.5 |
Equipamentos | 2.5 |
Multimídia | 4.5 |
Conforto | 4 |
Caçamba | 2 |
Prazer de dirigir | 3.5 |
RESUMO |
3.5
OVERALL SCORE |