Após anunciar que a partir de 2026 só lançará modelos elétricos, montadora premium trabalha na conversão de suas fábricas
A Audi já anunciou que a partir de 2026 só lançará carros elétricos no mercado global, acelerando assim a sua transição energética. E nesta semana, a montadora premium confirmou que está transformando suas fábricas para que todas elas estejam prontas para produzir carros elétricos a partir de 2029.
Esta decisão faz parte do plano estratégico Vorsprung 2030, que inclui a conversão das fábricas para a eletromobilidade e tem entre seus objetivos eliminar completamente a produção de carros com motores a combustão até 2033.
Isso significa que qualquer fábrica da Audi no mundo inteiro irá produzir ao menos um modelo de carro elétrico. Atualmente, dois locais já estão produzindo veículos elétricos: Böllinger Höfe e Bruxelas. A partir do próximo ano, o Audi Q6 e-tron será o primeiro modelo totalmente elétrico a sair da linha de produção em Ingolstadt, na Alemanha.
Passo a passo, estamos trazendo todas as nossas instalações para o futuro. Não queremos nenhum projeto isolado em termos de instalações sustentáveis. Em vez disso, estamos investindo em nossas fábricas existentes para que elas acabem sendo tão eficientes e flexíveis quanto os locais de produção recém-construídos ou plantas sustentáveis.
Gerd Walker, Membro da Diretoria de Produção e Logística da Audi
A produção de carros elétricos terá início de forma gradual nos próximos anos nas plantas de Neckarsulm, na Alemanha, San José Chiapa no México e também em Győr, na Hungria. Com esse processo de transformação, em 2029 todas as fábricas da montadora estarão produzindo pelo menos um modelo de veículo totalmente elétrico. A depender do local, a montagem de carros a combustão será eliminada de forma gradual até o início da próxima década.
Dentro desse planejamento, só haverá a construção de novas fábricas onde houver capacidade adicional. No momento, a Audi está construindo uma unidade na China juntamente com sua parceria FAW para montar carros elétricos baseados na plataforma PPE (Premium Platform Electric), que ficará pronta em 2024.
Nesse processo de transição para a eletromobilidade, as linhas de produção serão flexíveis. O novo Audi Q6 e-tron, por exemplo, será inicialmente fabricado em Ingolstadt na mesma linha que os modelos Audi A4 e A5.
No Brasil, a Audi voltou a produzir veículos localmente na fábrica de São José dos Pinhais (SP) em meados do ano. A marca premium fez um investimento de R$ 100 milhões para montar em regime SKD os modelos Q3 e Q3 Sportback com peças fornecidas pela fábrica da Hungria, que será convertida para a eletromobilidade nos próximos anos.
Produção nacional de carros elétricos? É bastante razoável supor que isso ocorra, mas não agora, e sim quando a demanda local e regional for mais robusta e justificar a montagem local, o que deve ocorrer até o fim da década considerando a adoção dos carros elétricos mais acelerada no mercado premium – estima-se que 50% das vendas serão de elétricos nesse segmento por aqui até 2030.
Até 2030, a Audi pretende reduzir seu impacto ambiental absoluto nas áreas de consumo de energia primária, emissões da usina, equivalentes de CO2, poluentes atmosféricos, risco hídrico local e volume de águas residuais pela metade, em comparação com o valor de 2018. Os passos importantes para atingir este objetivo incluem a geração interna de energia renovável e o uso de tecnologias inovadoras para criar cadeias de valor mais circulares onde os recursos utilizados são utilizados em ciclos fechados.
