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Aprilia transforma Argentina em casa e desfila força no primeiro dia de treinos da MotoGP

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A casa é de Noale, mas se tem um lugar que a Aprilia mora bem é em Termas de Río Hondo. Depois de vencer a corrida do ano passado com Aleix Espargaró, a marca italiana voltou a desfilar a força da RS-GP no primeiro dia de trabalhos para o GP da Argentina.

Na atividade matutina, Maverick Viñales ditou o ritmo dos trabalhos, puxando uma dobradinha com Aleix Espargaró. Na parte da tarde, a dupla inverteu as posições, com o catalão cravando em 1min38s518, 0s162 melhor que o companheiro de equipe.

Vindo de um fim de semana duro em termos pessoais — já que o irmão Pol sofreu um forte acidente —, Aleix abriu os trabalhos motivados pelo desempenho em Santiago Del Estero em 2022, quando conquistou a primeira vitória da carreira.

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Aleix Espargaró foi o mais rápido na Argentina (Foto: Reprodução)

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“A verdade é que estamos muito satisfeitos, mas é preciso ter os pés no chão, pois é só sexta-feira. Mas confirmamos novamente as boas sensações da Aprilia com a Argentina, e também minhas e de Maverick este ano, então estamos satisfeitos por começar assim”, falou o #41, que ainda brincou com a inversão com o parceiro de equipe entre um treino e outro. “Dizem que a ordem dos fatores não altera o produto, mas, pode acreditar, altera sim. Então é sempre melhor que o #41 esteja na frente”, brincou.

Mesmo animado, Aleix frisou que os treinos de hoje não confirmam o favoritismo dele para o GP da Argentina.

“E sexta-feira e falo, sinceramente, somos rápidos, muito rápidos, mas temos de fazer uma boa classificação, do contrário, não adianta nada. Eu também era rápido em Portugal, fiz a volta mais rápida e o recorde da pista no domingo, mas não adiantou para passar da nona colocação. Então, não, é só sexta-feira e é preciso ir passo a passo”, defendeu.

Apesar do bom dia para a Aprilia, o mais velho dos Espargaró destacou que a RS-GP estava melhor em Portimão.

“A moto não vai tão bem. A questão é que a moto vai melhor do que as demais, isso está claro, pois veja coo Fabio está sofrendo. As Ducati não estão no nosso nível. Não temos nada de aderência, a dianteira se move muito e não vai tão bem. Em Portugal, a muito estava muitíssimo melhor do que aqui, mas o fato é que talvez vá menos mal do que as demais”, comparou.

Viñales, por sua vez, já começa a farejar o primeiro triunfo com a marca italiana, já que vai crescendo mais e mais com a RS-GP.

“É sexta-feira, nós trabalhamos bem, tiramos o máximo da moto”, disse Viñales. “Precisamos melhorar pequenos detalhes e, para nós, o mais importante é brigar ali na ponta, como estamos fazendo”, seguiu.

Na visão do #12, a rivalidade com Aleix será positiva, já que ajuda a extrair o máximo da moto e fazer a Aprilia avançar.

“Está bem, precisamos lutar entre nós e isso é bom para a Aprilia. Em 2015, quando estávamos na Suzuki, era a mesma coisa: nós brigávamos na pista, mas, uma vez fora do circuito, sempre tivemos uma boa relação. Temos de ser inteligentes, o segredo na Aprilia é a harmonia que existe dentro da equipe, que deve ser igual. É bom que exista rivalidade, assim iremos mais rápidos”, ponderou.

Ainda, o ‘Top Gun’ avaliou que o ritmo dos pilotos é bastante parecido, mas o dia foi bastante útil para entender melhor os pneus. A Michelin levou compostos dianteiros macios, médios e duros e traseiros médios e duros.

“No geral, o ritmo é bastante parecido. Amanhã, no TL3, veremos melhor. Quando o pneu perde temperatura, custa muito voltar a aquecê-lo, por isso os meus tempos foram melhores no T2. Mas estou contente, pois isso me permitiu entender como funcionam os pneus”, indicou. “O médio traseiro será o que vamos utilizar nas duas corridas. Este ano está funcionando diferente do ano passado, por isso é importante entender como eles funcionam”, observou.

“Amanhã os tempos vão baixar bastante, estaremos perto do recordo. Se não chover, podemos baixar para 1min37s. A aderência da pista é muito parecida com o ano passado, a pista está limpando com o passar das sessões”, encerrou.

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Marco Bezzecchi foi a melhor Ducati do dia (Foto: VR46)

Melhor do resto, Marco Bezzecchi liderou o esforço da Ducati e colocou a GP22 na terceira colocação, só 0s249 atrás do ponteiro.

“Foi um bom dia, felizmente o tempo foi bom para nós, pudemos testar nas mesmas condições de manhã e à tarde, o que foi importante para mim”, comentou Marco. “A situação da pista era um pouco crítica no início, precisávamos de tempo para conseguir mais borracha. À tarde foi melhor, o meu ritmo não foi mau, tive um pequeno problema com a moto no início, mas os mecânicos resolveram rapidamente, então não posso me queixar”, continuou.

“Mudamos algumas coisas, mas nada absurdo. Tivemos de ajustar algumas coisas de manhã, mas a nossa base já não era má, fizemos apenas pequenas mudanças no segundo treino. A moto está funcionando bem, sinto-me bem, ainda preciso de mais, mas acho que é minha pilotagem”, apontou.

Bez destacou que já esperava a boa performance as Aprilia, mas avaliou que ainda pode melhorar a própria performance.

“Sabíamos que esta pista é boa para a Aprilia, o Aleix ganhou no ano passado, mas o Maverick também está em boa forma. Nesta altura, acho que eles têm um pouco mais, ainda não tive tempo de ver o ritmo deles”, relatou. “Ainda posso melhorar algo na minha pilotagem, só quero olhar para mim e tentar melhorar. O objetivo é chegar às primeiras duas ou três filas, se vir que consigo a primeira, vou tentar”, fechou.

A fábrica de Borgo Panigale, aliás, botou seis das oito motos de que dispõe no top-10 — a exceção foram as Gresini de Álex Márquez, em 11º, e Fabio Di Giannantonio, em 15º.

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Francesco Bagnaia ainda não está satisfeito com a moto (Foto: Ducati)

Líder do Mundial, Francesco Bagnaia cravou 1min38s944 e garantiu a sexta posição, 0s426 atrás de Aleix. Ainda assim, o #1 se mostrou um pouco incomodado com a dianteira também, mas satisfeito com a proximidade da Aprilia.

“Foi um dia estranho”, resumiu Pecco. “Não me sinto muito bem fisicamente, estou um pouco febril, mas isso é outra história. Em termos de sensação com a moto, está manhã foi bastante difícil para encontrar o ritmo. A tarde correu melhor desde o início, ainda que não tenhamos feito muitas voltas seguidas, pois ficamos um pouco atrás e precisávamos trabalhar”, defendeu.

“Em termos de ritmo, no entanto, estou feliz, porque estamos perto das Aprilia com pneus usados. Nos falta algo com pneus novos e estou lutando para encontrar boas sensações com a dianteira, mas, ainda assim, temos amanhã de manhã para tentar melhorar a situação. Se conseguirmos, com certeza será melhor”, avaliou.

A surpresa do dia foi Franco Morbidelli. Apagado nos últimos meses, o ítalo-brasileiro surgiu competitivo no traçado argentino e assegurou o nono tempo, 0s562 atrás do mais velho dos Espargaró.

“Foi uma sexta-feira positiva para nós”, avaliou Franco. “Começamos já com um bom feeling, seguimos adiante e começamos a melhorar a moto pouco a pouco. Sinto que melhoramos hoje, isso é positivo”, comentou.

“Temos algumas áreas para trabalhar, mas, até aqui, foi um início positivo para o fim de semana de GP. Amanhã seria bom estar em uma das duas primeiras filas. Vamos ver se é possível”, falou.

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Franco Morbidelli fechou o dia à frente do companheiro de Yamaha (Foto: Yamaha)

Companheiro de Yamaha, Fabio Quartararo não teve um dia tão bom. Com a melhor volta em 1min39s264, o francês de Nice foi só 14º, mas só 0s746 distante do #41.

“O pior é que a sensação na moto não é ruim, mas há muitos problemas na traseira, principalmente a falta de velocidade nas curvas. Sinto-me rígido na moto, não ando normalmente, por isso temos de saber o porquê”, apontou Fabio. “O problema é que o ritmo é sempre bom, mas hoje, tirando um parte do T2 em que foi melhor, sempre foi ruim. Não tivemos velocidade hoje e esse é o problema”, sublinhou.

“Não é comum ficar atrás de Morbidelli, então precisamos entender o que está acontecendo. Não sei por que estamos tão longe e me sinto tão mal na moto. Não mudamos muito a moto, mas sinto que esta não é a minha moto. No momento está pior do que no ano passado. Quando você não sabe por que vai tão devagar, é a pior situação”, encerrou.

O terceiro treino da MotoGP para o GP da Argentina está marcado para as 10h10 (de Brasília) de sábado. O GRANDE PRÊMIO acompanha todas as atividades do Mundial de Motovelocidade.

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