A nova Honda RC213V: Dar um passo atrás para dar dois em frente
O dia de testes em Valência acabou com Marc Márquez a dizer que a moto está longe do ponto em que tem de estar, faltando encontrar aquela melhoria que potencie a evolução generalizada do desempenho. Para o espanhol há três áreas cruciais que devem ser melhoradas: o motor, a entrada das curvas e as travagens.
Em Valência a última evolução do chassi foi testada, com o feedback a ser medíocre. No Japão o trabalho continua mas desengane-se quem pensar que em causa está uma revolução na RC213V. Citado no Corsedimoto, o diretor técnico da equipa, Takeo Yokoyama, admitiu que a Honda RC213V de 2023 será um equilíbrio entre os modelos de 2021 e 2022. O plano é o de extrair o máximo das duas últimas versões da moto e ‘jogar’ com algumas mudanças. Uma delas é no equilíbrio geral, o que levou a que fosse desenvolvido um novo tanque de combustível para melhor potenciar as opções na distribuição de peso. Uma nova entrada de ar, algumas mudanças na aerodinâmica e um novo escape foram novidades testadas em Valência.
E é na aerodinâmica que a Honda mais quer melhorar. ‘Antes quando se estava atrás de outro piloto tinha-se a vida mais facilitada mas agora quase que complica, pois muda completamente o comportamente da moto’, disse Marc Márquez, continuando:
– Estamos numa nova era do MotoGP, na qual nos temos de adaptar como pilotos. Neste momento dependemos mais da moto. Quanto mais fatores adicionarmos à moto, como a aerodinâmica ou os dispositivos de holeshot, por exemplo, mais dependemos da moto. Neste momento a moto muda totalmente tendo uma boa ou má aerodinâmica.