‘A grande mudança’ do MotoGP nos últimos anos, segundo Carlos Checa
Em entrevista ao canal de YouTube PecinoGP, o antigo piloto analisou: ‘Realmente [a Ducati] é uma moto que… o Gigi Dall’Igna foi o diretor de orquestra, mas há uma orquestra importante de engenheiros e pessoas trabalharam nos bastidores. Não se põe o nome nelas, mas estão lá. O Gigi teve a habilidade de entender muito bem as corridas, os pilotos e os engenheiros que estão por trás. E, sobretudo, extrair essas inovações, essas mudanças para que as motos agora sejam algo diferente – entre asas, o sistema de a baixar, de fazer uma moto que acelera muito mais rápida. Isto obrigou todos os outros a irem a reboque, a copiarem essas novidades um pouco a reboque’.
De seguida, Checa apontou a Suzuki e a Aprilia como duas motos que também estão fortes: ‘Exceto a Yamaha, porque teve o Fabio Quartararo, creio que uma das melhores motos é a Suzuki. É uma pena que saiam, porque creio que é uma moto que está a um nível muito, muito alto. Inclusivamente muitos quereriam tê-la, até a Honda. E, neste aspeto, a Aprilia foi uma surpresa porque soube interpretar muito bem essas novidades e tanto com o Aleix [Espargaró] como com o Maverick [Viñales] em algumas corridas esteve a um nível muito alto. Penso que é uma moto que também está muito próxima’.
O espanhol referiu então que a tecnologia tem dominado a luta no MotoGP, em que os pilotos aguardam pelas atualizações das motos – sendo necessário refletir sobre se se quer manter o paradigma ou voltar de certa forma ao antigamente: ‘No fim de contas, tudo foi uma luta tecnológica. Uma luta tecnológica em que muitos pilotos estiveram à espera das novidades para poderem fazer os resultados. E, para mim, essa é a grande mudança dos últimos anos. Há que continuar a ver se continuamos assim nesta dinâmica ou voltar a uma situação em que o piloto manda e faça a diferença – e seja uma luta, mais do que tecnológica e de engenheiros, de pilotos. Continua a existir, mas em menor grau’.