‘A Ducati jogou com oito pilotos rápidos contra duas marcas que têm um piloto cada’ – Ramón Forcada
No canal de YouTube de Manuel Peccino, o reputado engenheiro espanhol sublinhou que, com tantas motos, o natural é que a Ducati coloque sempre alguma nas posições cimeiras: ‘Há oito Ducati e duas Suzuki, por exemplo. Vendo por moto os êxitos da Ducati e da Suzuki – é evidente que a Ducati ganhou o Mundial, mas há marcas que não estiveram tão longe. O que acontece é que se tens oito motos e não pões nenhuma na primeira fila estás a sair-te realmente mal’.
Posto isto, Forcada enalteceu o percurso de Dall’Igna na Ducati, considerando que se destacou em particular pela coordenação da estrutura: ‘Não há que tirar o mérito ao Gigi, porque o que ele fez foi chegar à Ducati, apanhar tudo o que estava espalhado pela fábrica e juntar tudo – o que funciona, o que não funciona. Ele fez mais de coordenador do que de engenheiro. Esta é uma questão muito importante. Na Fórmula 1 os que projetam são uns e os que montam as equipas são outros’.
O conhecido chefe de mecânicos prosseguiu: ‘Na questão do Gigi, na minha opinião, para mim é importante uma coisa: é que foi capaz de juntar tudo. Se tiveres um só piloto, como nos casos da Yamaha e da Honda, não nos podemos esquecer que um dos problemas da Yamaha é que se o Fabio [Quartararo] não está é uma catástrofe e a Honda quando não esteve o Marc [Márquez] foi o que foi’.
Pelo contrário, observou Forcada, a Ducati conta com oito pilotos que têm motos muito equilibradas entre si: ‘Jogas com oito motos, uma moto muito equilibrada em que todos fizeram coisas boas – inclusive o [Fabio] DiGiannantonio fez uma pole position. Todos foram capazes de ser rápidos e jogam contra as duas marcas típicas que têm um piloto cada uma. Isto desvirtua absolutamente toda a estatística’.